quarta-feira, 31 de outubro de 2007

PROVA 2º ANO DIA 31-10-2007GABARITO

01 - Considerando os movimentos nacionalistas na Europa, é CORRETO afirmar que:
a) O modelo político-ideológico defendido e usado na Iugoslávia, o qual une fé religiosa e nacionalismo, é encontrado em outros países cujas populações são formadas por cristãos ortodoxos.
b) Os conflitos, nos últimos anos, têm ocorrido mais freqüentemente entre estados diferentes retomando rixas mal resolvidas na Segunda Guerra Mundial.
c) Os nacionalismos – explícitos ou disfarçados; moderados ou violentos – encontram ressonância em muitos países europeus, entre os quais a Espanha e o Reino Unido.
d) Os nacionalismos são sentimentos recentes surgidos após o desmantelamento de governos comunistas ou de ditaduras fortemente centralizadas, como conseqüência da globalização econômica.
e) Os nacionalismos europeus se tornaram mais explícitos com a entrada dos países do Leste Europeu na União Européia após 2004.

02 - Sobre os conflitos existentes na Europa durante a Guerra Fria, analise e julgue as afirmativas a seguir.
I - Nas décadas de 50 e 60 ocorreram, no Leste Europeu, movimentos que questionavam a ausência de democracia, o monopólio do poder político nas mãos dos partidos comunistas; a ditadura do Estado, controlando inclusive os sindicatos; e a rigorosa censura aos meios de comunicação.
II - As revoltas na Hungria, em 1956, e na Tchecoslováquia, em 1968, foram movimentos iniciados por operários, estudantes e intelectuais, que depois conseguiram a participação de seus governantes, promovendo importantes mudanças no regime adotado por seus países.
III - O movimento de independência do país Basco, na Espanha, iniciou-se como dissidência do movimento guerrilheiro que lutou no país contra a ditadura de Franco e, com a volta da monarquia, teve importantes vitórias como a soberania da região.
IV - O conflito da Irlanda do Norte teve a sua origem no expansionismo da monarquia inglesa sobre a Irlanda, no séc. XII. Os problemas religiosos surgem com a Reforma Anglicana, pois os irlandeses preferiram se diferenciar dos invasores mantendo o catolicismo como religião.

Estão CORRETAS as afirmativas
A) I e II.
B) II e IV.
C) II e III.
D) I e III.
E) III e IV.

03 - Sobre as questões relacionadas ao conflito Índia X Paquistão, leia o fragmento do poema a seguir e assinale a alternativa CORRETA.
Em vão, amigo meu, tratastes de fugir da luta fratricida
nunca poderás, ó valente,subtrair-te da lei da natureza."Bhagavadgitã, poema épico hindu
A) As relações da Índia com o Paquistão sempre foram amistosas com um grande respeito religioso e cultural entre os povos dos dois países.
B) Durante a Guerra Fria, o conflito entre a Índia e o Paquistão foi maior, e o Paquistão recebeu grande apoio da URSS e a Índia dos EUA.
C) A Caxemira passou a ser o alvo da disputa entre a Índia e o Paquistão após se declarar um país independente em 1947, e não ser reconhecida por nenhuma outra nação.
D) O grande perigo do conflito entre os governos da Índia e Paquistão é que eles são detentores de armas atômicas e encontram-se numa perigosa escalada de solução de problemas pela força.
E) Vários acordos de paz firmados entre a Índia e o Paquistão levaram a uma maior autonomia da Caxemira e respeito religioso entre os povos.

04 - No final do século XX, especialmente após o encerramento da Guerra Fria, recrudesceram, em vários países da Europa e da Ásia, conflitos de natureza étnica. Considere os conjuntos a seguir, um incluindo grupos em conflito entre si, e o outro, regiões da Europa e da Ásia.
Está CORRETA a associação
A) I e Y, II e Z, III e S.
B) I e S, III e Y, IV e R
C) I e Y, II e Z, III e R,
D) I e Y, III e S, IV e R.
E) I e Z, III e R, IV e Y.

05 - A maior presença de países africanos e asiáticos esteve, entre outros aspectos, associada à acontecimentos políticos das décadas de 1950 e 1960, que alteraram, profundamente, as relações internacionais no decorrer da segunda metade do século XX. Identifique e explique esses acontecimentos.
Nas décadas de 1950 e 1960, das lutas de descolonização em diversas regiões dos continentes africano e asiático. Entre os desdobramentos de tais experiências, destaca-se a emergência de novos Estados Nacionais, ampliando, consideravelmente, o número de países a compor o cenário das relações internacionais. A participação de delegações de atletas desses novos Estados em competições mundiais esportivas, como as Olimpíadas e as Copas do Mundo, foi, em muitos casos, valorizada, na medida em que, entre outros simbolismos e usos políticos, contribuía para a sedimentação de pertencimentos e valores nacionalistas.

06 – (UFMG 2004) Leia estas manchetes e notas de jornal sobre a África, uma amostra obtida em apenas dois dias consecutivos:
“Governo de Obasanjo (Nigéria) enfrenta dilema ao permitir uso da sharia.” Folha de S. Paulo, São Paulo, 15 jun. 2003. Caderno Mundo, p. A 24.
“O governo enviou reforços à região oeste, onde, em fevereiro, surgiu um novo grupo rebelde, o Movimento pela Libertação do Sudão.” Folha de S. Paulo, São Paulo, 15 jun. 2003. Caderno Mundo, p. A 22.
“As tensões entre negros e árabes [Mauritânia] aumentaram após a prisão de opositores muçulmanos. O país, muçulmano, tem relações com Israel.” Folha de S. Paulo, São Paulo,15 jun. 2003. Caderno Mundo, p. A 22.
“Garoto de 13 anos de milícia pró-governo carrega arma para combate em Monróvia (Capital); o presidente Charles Taylor e rebeldes ainda não chegaram a acordo de cessar-fogo.” Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 jun. 2003. Caderno Mundo, p. A 14.
A partir da leitura dessas manchetes e notas jornalísticas, é INCORRETO admitir que:
A) a instabilidade política e os freqüentes golpes de estado continuam sendo uma constante em muitos países africanos.
B) o componente religioso se manifesta em alguns dos conflitos e tensões – como é o caso da Nigéria, palco de confrontos entre cristãos e muçulmanos.
C) as guerras civis estão afetando irreversivelmente crianças e adolescentes africanos, que participam diretamente das lutas armadas.
D) as lutas étnicas ou tribais deixaram de preocupar organismos internacionais por terem sido apaziguadas temporariamente.

07 – (UNIOESTE-02/Adaptada) Sobre a África Subsaariana, leia as afirmações abaixo:
I. Dentre as origens das suas estruturas econômicas encontra-se a divisão internacional do trabalho, configurada no século XIX, que se destinava a atender às necessidades de matérias-primas e gêneros tropicais dos mercados consumidores dos países industrializados.
II. A África Austral distingue-se pela importância das exportações minerais, com destaque para a África do Sul.
III. O petróleo sustenta diversas destas economias exportadoras, sendo a Nigéria, no Golfo da Guiné, o maior produtor do continente.
IV. No Sahel, é possível a prática da agricultura sem o auxílio de irrigação, pois as chuvas propiciam o desenvolvimento de uma vegetação arbustiva.
São corretas apenas as afirmações:
A. I e II
B. II e III
C. II, III e IV
D. I e III
E. I, II e III

08- (UFMG 2000) Considerando-se os movimentos nacionalistas na Europa, é INCORRETO afirmar que:
A) o modelo político-ideológico defendido e usado na Iugoslávia, o qual une fé religiosa e nacionalismo, é encontrado em outros países, cuja população é formada, predominantemente, por cristãos ortodoxos.
B) os conflitos, nos últimos anos, têm ocorrido mais freqüentemente no interior de um mesmo Estado, entre grupos constituídos de seus próprios cidadãos, e mais raramente entre Estados diferentes.
C) os nacionalismos _ explícitos ou disfarçados; moderados ou violentos _ encontram ressonância em muitos países europeus, entre os quais a Espanha, a Bélgica, o Reino Unido e a Itália.
D) os nacionalismos são sentimentos recentes, surgidos após o desmantelamento de governos comunistas ou de ditaduras fortemente centralizadas, como conseqüência da globalização econômica.

09 – (UFMG 1999) A ONU e a comunidade internacional, na tentativa de acabar com os focos de tensão em diferentes regiões do mundo, têm procurado promover acordos de paz. Contudo esses acordos só terão resultado, se os governantes e a população envolvidos em conflitos realmente priorizarem a paz.
Considerando essas informações, é INCORRETO afirmar que:
A) a divisão de Ruanda em duas áreas distintas para acolher os tutsis e os hutus, estabelecida por um acordo de paz assinado recentemente, pouco resolveu a questão dos conflitos no País, visto que somente um número reduzido de tutsis aceitou deslocar-se para a área a eles destinada.
B) o término dos conflitos entre católicos e protestantes, na Irlanda do Norte, foi recentemente ameaçado, apesar de o acordo de paz negociado por seus representantes, por mediação dos governos britânico e irlandês, ter sido referendado em plebiscito.
C) a assinatura de um possível acordo de paz entre a Índia e o Paquistão para resolver a questão da Cachemira pode vir a ocorrer, visto que, após a realização recente de seus testes nucleares, os governos desses dois países já expressaram publicamente esse desejo.
D) o acordo de paz assinado pelos presidentes da Bósnia, da Croácia e da Iugoslávia pôs fim a uma longa guerra civil, mas o movimento separatista, desenvolvido em Kosovo pela maioria albanesa, indica que os Bálcãs continuam sendo um foco de tensão em potencial.

10 – (UFMG 1997) Sobre os movimentos nacionalista-separatistas, verificados a partir da década de 70, é INCORRETO afirmar que,
A) em países da Europa, como Reino Unido, Espanha, Itália, e no Canadá, esses movimentos têm ocorrido sem, todavia, resultarem na formação de novos Estados.
B) na Europa e no Canadá, eles têm sido estimulados pelos organismos supranacionais de integração econômica e política como a União Européia e o NAFTA, desejosos de limitar o número de participantes.
C) na Europa Oriental e na Ásia Central, esses movimentos foram fortalecidos e eclodiram após a crise do comunismo e a dissolução da URSS, originando novos Estados.
D) na Europa Oriental e na Ásia Central, eles resultam, sobretudo, do enfraquecimento do modelo de estado multiétnico e do fortalecimento dos movimentos étnico- nacionalistas.

11 – (UFMG 1997) A situação atual do continente africano, objeto de preocupação de diversos organismos internacionais, está corretamente caracterizada em todas as alternativas, EXCETO em:
A) Incapacidade de atrair investimentos estrangeiros que se dirigem a outras regiões menos desenvolvidas do globo onde a mão-de-obra é mais qualificada.
B) Intensificação do bloqueio econômico imposto pelos grandes importadores de produtos primários, que visam forçar mudanças nas políticas sociais internas.
C) Intensificação dos conflitos tribais explicada, entre outros fatores, pelo acirramento da disputa pela posse dos meios de sobrevivência.
D) Intensificação dos desmatamentos, o que tem provocado uma expansão da área de incidência da seca.

12 - (Uff) Leia a notícia e observe a foto.
Fim do Mundo Mais Próximo
O ponteiro do “Relógio do Fim do Mundo” foi adiantado ontem em cinco minutos. Essa mudança deveu-se às explosões subterrâneas, nos últimos meses, de cinco bombas atômicas pela Índia e seis pelo Paquistão, em testes que ratificaram a entrada dos dois países para o clube de potências nucleares – até então limitado aos EUA, Rússia, Inglaterra, França e China.(...)“As conseqüências de um possível confronto nuclear entre Índia e Paquistão são imprevisíveis”, alerta o Boletim dos Cientistas Atômicos. (Adaptado do Jornal do Brasil, 12/06/98)
Um fator responsável pelos enfrentamentos entre Índia e Paquistão é o seguinte:
a) a disputa pela região da Caxemira, área geográfica fronteiriça de maioria demográfica muçulmana, sob controle majoritariamente indiano;
b) o avanço do terrorismo na região da Cachemira, com domínio paquistanês sobre uma população majoritariamente de origem hindu;
c) a aliança política formada entre muçulmanos do Paquistão e do Afeganistão, sob liderança talibã, contrária ao hinduísmo nas fronteiras;
d) a pressão militar atômica chinesa sobre a Índia, com a decorrente desestabilização da identidade religiosa que une indianos e paquistaneses;
e) o entrechoque de civilizações milenares, tornadas rivais a partir da corrida nuclear estabelecida naquela parte da Ásia, nos últimos anos.

13 - (Fmtm) Observe as afirmações:
I. Quase a metade dos 700 milhões de habitantes dessa região do planeta vive em extrema pobreza, com renda abaixo de um dólar por dia;II. De cada dez pessoas portadoras do vírus HIV no mundo, cerca de sete vivem nessa região do planeta;III. A história recente dessa região registra grande número de guerras civis e golpes de Estado. Os conflitos étnicos e religiosos estão associados, na maioria dos casos, à disputa pelas riquezas naturais regionais. As afirmações contêm a problemática de países localizados
a) no Magreb africano.
b) no Golfo Pérsico.
c) na África Subsaariana.
d) na América Central.
e) nas Antilhas.

14 - (Ufpr) A noção jurídica de genocídio foi criada em 1946, no processo de Nuremberg, para designar o extermínio sistemático dos judeus pelos nazistas. Logo se estendeu também ao extermínio dos índios do continente americano. O termo genocídio remete à idéia de “raça” e ao desejo de exterminar fisicamente um grupo étnico. O termo etnocídio, por sua vez, foi criado há alguns anos para designar não apenas a destruição física, mas principalmente a destruição da cultura de um povo.
Com base no texto acima e nos conhecimentos de Geografia, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Genocídio e etnocídio são processos que ocorrem nas regiões do globo onde impera a miscigenação devido à elevada heterogeneidade racial e cultural.
b) O genocídio e o etnocídio ocorreram na América, mas, em muitas regiões, não houve a eliminação física das raças nativas e nem o desaparecimento completo das suas culturas.
c) O genocídio pode ser uma estratégia planejada pelo Estado ou por facções políticas armadas e pode resultar da irrupção repentina de conflitos civis, como se verificou recentemente em Ruanda, na África.
d) O etnocídio pode ocorrer também devido a mudanças culturais impostas e/ou induzidas de forma pacífica, por meio do proselitismo religioso, do comércio, da miscigenação e da difusão de tecnologias.
e) Um exemplo contemporâneo de práticas de genocídio e etnocídio está nas perseguições à nação curda, que, não possuindo território autônomo, distribui-se entre Turquia, Iraque e outros países.

15 - (Ufba)
“Desgraçadamente o mundo deve aprender, todavia, a conviver com a diversidade, como nos tem recordado dolorosamente os recentes acontecimentos nos Bálcãs e na África Central. A realidade da “diferença” e a peculiaridade do “outro” podem sentir-se às vezes como um peso ou inclusive como uma ameaça. O medo à “diferença” alimentado por ressentimentos de caráter histórico eexacerbado pelas manipulações de pessoas sem escrúpulos, pode levar à negação até mesmo da humanidade do outro, com o resultado de que as pessoas entram em uma espiral de violência da qual ninguém, nem mesmo as crianças, estão livres.” (JOÃO PAULO II. In:LUCCI, p. 274)
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre as questões relativas aos conflitos étnicos e políticos que marcaram a história do mundo contemporâneo, é correto afirmar:
(01) O termo “diversidade”, empregado no texto, diz respeito às diferentes características culturais, étnicas e demográficas que, entre outras, identificam os grupos humanos, ao lado de condições geoambientais e econômicas peculiares a cada um deles.
(02) O respeito à diversidade depende das formas de aceitação da diferença entre os povos e pode levar à solução negociada, entre os cidadãos, de conflitos ligados à posse de territórios e à participação no poder.
(04) Os Bálcãs são uma península do sul da Europa, com marcantes contrastes étnico-religiosos, onde as guerras difundiram a expressão “limpeza étnica”, empregada especialmente pelos sérvios na Croácia, na Bósnia-Herzegovina e em Kosovo.
(08) O fenômeno do “medo à diferença” registrou-se, preferencialmente, no confronto entre etnias africanas e asiáticas espalhadas pelo mundo, durante a Guerra Fria.
(16) A África do Sul, atingida durante décadas por conflitos étnicos expressos na prática do apartheid, ainda se inclui na categoria de países que não conseguiram superar os conflitos resultantes do “medo à diferença”.
(32) A democracia racial existente no Brasil afasta o “medo à diferença” e impede a ocorrência de fenômenos ligados ao preconceito e ao racismo.
(64) As diferenças étnicas e culturais do continente africano determinaram a forma de distribuição das fronteiras políticas pós-coloniais, minimizando a eclosão de conflitos interétnicos, a exemplo do confronto entre os tutsi e os hutu.
SOMA: 01 + 02 + 04 + 16 (23)

16 - (Fatec) Povo de maioria muçulmana, ocupando trechos de vários países e que, no início do ano de 2003, foi envolvido na Guerra do Iraque. Esse povo constitui hoje o maior grupo étnico - cerca de 24 milhões de pessoas - sem Estado no mundo. Reivindica a formação de seu próprio país.
Trata-se dos:
a) bascos.
b) curdos.
c) chechenos.
d) albaneses.
e) bósnios.

17 - (Pucpr) A civilização árabe, predominantemente islâmica, constitui-se de dezenas de estados e nações, totalizando um pouco mais de um bilhão de pessoas. O islamismo é atualmente a religião predominante nas seguintes regiões do mundo, EXCETO:
a) A África Saariana.
b) As ilhas que compõem a Indonésia.
c) O Oriente Médio.
d) A África Meridional.
e) As ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, como o Casaquistão e o Uzbequistão, entre outros.

18 - (Uff) O processo de integração dos países da Europa Ocidental não tem evitado que velhos conflitos reapareçam e imprimam sua marca de violência no interior de estados nacionais. Isto fica evidente ao se observar:
a) as imposições do partido nacional flamengo, exigindo um parlamento independente da Inglaterra;
b) a escalada do regionalismo político na Alemanha por parte de grupos separatistas neonazistas;
c) as reivindicações de autonomia no sul da Itália (Padânia) por parte dos partidos locais;
d) a ascensão dos grupos paramilitares de origem corsa, que reclamam sua autonomia nacional perante a Bélgica;
e) a ofensiva do grupo ETA que reivindica a independência da histórica região basca, localizada entre o norte da Espanha e o sudoeste da França.

19 - (UNIFICADAS) A opinião pública internacional, constantemente, se vê abalada pelas notícias sobre o fantasma da fome que ameaça a milhões de africanos. A interrupção da produção por guerras civis e golpes de estado é uma das causas. Mas, também, há o risco de que a fome se alastre, em virtude do avanço de processos de desertificação, o que se verifica, já em estado avançado, na área imediatamente ao sul do Saara, conhecida como:
a) Sahel.
b) Magreb.
c) Atlas.
d) Benguela.
e) Kalahari.

20 - (UNESP) O termo “africanização” designa países que, mesmo não pertencendo ao continente africano, apresentam as seguintes características: fome crônica, elevada dependência de ajuda humana externa e mortalidade causada por doenças já erradicadas na maioria dos países.
Assinale a alternativa que contém todos os países que se enquadram nessa classificação.
a) Somália, Ruanda, Turquia, Bangladesh, Haiti.
b) Etiópia, Somália, Bangladesh, Haiti, Ruanda.
c) Etiópia, Somália, Ruanda, Moçambique, México.
d) Bangladesh, Haiti, Colômbia, Etiópia, Somália.
e) Moçambique, Ruanda, Panamá, Somália, Haiti.

21 - Recentemente o líder líbio Muamar Kadafi propôs a união de seu país com Marrocos. Assinale a alternativa que contenha uma característica comum aos dois países:
a) fronteiras comuns;
b) identidades étnicas e culturais;
c) elevada produção de petróleo;
d) renda per capita bastante elevada;
e) mesmo regime político.

22 - Identifique as características que se referem ao clima africano, referente à parte do Continente que é cortada pela linha imaginária do Trópico de Câncer:
1. Elevada amplitude térmica.
2. Predomínio de baixas temperaturas e elevada umidade relativa do ar.
3. Elevada exposição à radiação solar.
4. Radiação solar amainada pela cobertura vegetal.
5. Índices pluviométricos elevados e bem distribuídos durante todo o ano.
Assinale a alternativa que contém as afirmações corretas:
a) 1 e 3
b) 2 e 3
c) 4 e 2
d) 5 e 3
e) 2 e 5

23 - (FUVEST) Explique a origem e a distribuição dos grupos predominantes na população canadense.
Mais de 40% dos canadenses são de origem inglesa e se encontram principalmente junto aos Grandes Lagos.
Aproximadamente 30% são de origem francesa, situados junto ao Vale do São Lourenço, na Província de Quebec.

24 - (MACK-04) Com relação à disputa pela Caxemira, entre Índia e Paquistão, que segue sem solução,
considere as afirmações abaixo.
I. A origem desse conflito deve-se à implantação de fronteiras inteiramente artificiais, desenhadas pelos britânicos no século XIX.
II. Facções fundamentalistas islâmicas, que são maioria no território indiano, desafiam os dirigentes paquistaneses, alinhados com os E.U.A. e as potências européias.
III. Bangladesh, ex-Paquistão Oriental, apóia integralmente o Paquistão, já que a Índia busca também anexar essa região ao seu território, em virtude da unidade religiosa de ambos.
IV. O mundo teme a ofensiva da Índia na conquista da área em disputa, uma vez que o poderio bélico nuclear hindu é único na região e poderia destroçar as forças paquistanesas.
Então:
a. apenas I e II estão corretas.
b. apenas II e III estão corretas.
c. apenas II está correta.
d. apenas I está correta.
e. apenas II e IV estão corretas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

FOCOS DE TENSÃO - matéria prova do 2º ano

O estudo da NOVA ORDEM MUNDIAL deixa claro que quase todas as áreas que apresentam problemas de focos de tensões, neste final de século, estão ligadas ao desmembramento do mundo bipolar. Na antiga Ordem, a questão era política, na atual Ordem as diretrizes são determinadas pelo poder econômico, de ter ou não poder de compra para se ter maior atenção do chamado mundo do eixo Norte.
Pode-se ainda considerar como um "foco" a questão da Xenofobia do Eixo Norte em relação aos
habitantes do Eixo Sul que têm lá sua vida, como os braceiros mexicanos no sul dos EUA, a Flórida com os latinos (inclusive os brasileiros), a França com os africanos, a Alemanha com o movimento dos skin heads. O chamado Eixo Norte chama esta população de "Novos Bárbaros".
Como você pode perceber, focos de tensões é o que não falta para ser estudado, porém nesta parte do conteúdo é necessária uma constante atualização, pois movimentos separatistas, questões étnicas e movimentos religiosos sempre fizeram parte da história do homem.
Como percebemos pelo texto, as causas são variadas e as suas abrangências vão ser diretamente
proporcionais à atenção da mídia mundial.
Definição de Foco de Tensão, adotada pelo World Priorities, instituto independente americano:
"... um conflito deve ser caracterizado como guerra quando envolve um ou mais governos e causa mais de mil mortes por ano ..."

ÁFRICA: UM CONTINENTE COM "DOR"
No final do atual século, percebemos que as guerras civis prolongadas, envolvendo ainda elementos políticos do socialismo versus capitalismo começam a chegar ao fim, como no caso de Angola e Moçambique e nos outros diversos casos examinados.
Não há qualquer chance de se recuperarem rapidamente, como no caso destes dois países que apresentam minas terrestres por toda parte, levando a mutilação e a morte principalmente para as crianças e as mulheres.
Esta África que se livra das questões ligadas à antiga ordem afunda-se em espasmos violentos na questão étnica: genocídios na Somália, Libéria, Ruanda, Burundi, herdados da artificialização territorial provocada pelo colonialismo europeu, onde o "combustível" para esta violência gira em torno das "brigas étnicas".
Abandonado pela atual ORDEM ECONÔMICA, que não vê no africano um elemento de mercado, o continente afunda-se cada vez mais na miséria, fome e instabilidade política.
A questão religiosa aflora em conflitos que esbarram em regimes ditatoriais, como na Argélia e no Sudão.
Terroristas agridem continuamente os turistas no Egito para desestabilizar o governo, que tem esta atividade como importante fator da economia. Poucos são os países que vivem uma transição para a democracia. Com uma população inferior a 800 milhões, cerca de quase 200 milhões têm problemas com a fome.
Em sua grande maioria, as epidemias espalham-se pelo continente. Grande parte das doenças endêmicas tornaram-se epidêmicas. A AIDS avança a níveis alarmantes na África equatorial.

AS QUESTÕES EUROPÉIAS
A multipolaridade, caracterizada pelo agrupamento de países em blocos econômicos, derrubou fronteiras, unificou as Alemanhas, mas não conseguiu acabar com as emergências de nacionalismo nem dentro da Europa. Destes conflitos deve-se destacar o mais violento dentro da Europa após a 2ª Guerra Mundial, que é o caso da ex-Iugoslávia.
Diferente das crises que aconteceram na Europa, o caso da Iugoslávia é anterior à desintegração do leste europeu. Na realidade, os diferentes grupos étnicos estiveram sufocados pelo antigo mandatário iugoslavo, Marechal Tito, substituído por Slobodan Milosevic, de origem sérvia. Slobodan Milosevic andou na contramão da história, quando provocou a chamada "Explosão dos Bálcãs", nos anos 90, com a Guerra da Sérvia (Iugoslávia) X Croácia e Sérvia (Iugoslávia) X Bósnios. Somente com a interferência norte-americana este conflito teve fim.
Ainda assim Slobodan provocou o conflito de Kosovo, fazendo o mundo lembrar, com angústia, a questão dos Bálcãs. Em setembro de 2000, o presidente Slobodan convocou uma eleição, vencida por Vojislav Kostunica, que assume o poder por pressão popular já que o antigo presidente recusava-se a sair do poder. Esse fato retira o isolamento do país em relação aos outros países europeus e leva os EUA a retirar o embargo que vigorava sobre a Iugoslávia.

KOSOVO - Uma nova ferida nos Balcãs
O presidente Slobodan Milosevic retira a autonomia política de Kosovo em 1989. Este fato provoca um levante da população, que se rebela. Em 1998, utilizando-se da questão da limpeza étnica, o exército iugoslavo ataca a população kosovar, que é de origem albanesa. Numa mobilização marcante da Comunidade Européia, a OTAN faz sua primeira intervenção na área e consegue, através de uma guerra cirúrgica, vencer o exército iugoslavo. A população de refugiados kosovares volta para sua área, que passa a ter a proteção da ONU, embora ainda continue pertencendo à Iugoslávia. Porém, deve-se lembrar que uma questão étnica não se
resolve com acordos e ainda encontram-se focos de racismo nos dois lados.
O presidente Slobodan Milosevic foi preso e julgado pela corte de Haia. Faleceu na prisão antes do fim dos julgamentos.

A Questão Basca
O ETA (abreviação de Euskadí ta Azkatasuna - Pátria Basca e Liberdade) é um movimento criado em 1958 com nobres ideais de independência e de luta contra a opressão do regime do ditador Francisco Franco. Os enigmáticos bascos vivem no cantão Nordeste da Espanha, onde apresentam um padrão de vida 10% acima da média espanhola, e uma parte a sudoeste da França. Habitam na região há tanto tempo que não existem registros históricos.
A população tenta manter o seu idioma lançando livros e canções na língua euskera. Atualmente, o domínio basco compreende três províncias da França e quatro da Espanha, terras chamadas de PAÍS BASCO ou EUSKADY. Pode-se hoje afirmar que a grande repressão à língua basca no governo franquista fez surgir um braço armado do ETA (que recebeu apoio do IRA e da OLP, e as armas chegavam da Líbia).
A fisionomia do grupo ETA se alterou quando, em 1977, a democracia chega à Espanha, mas não chegou a liberdade para o "PAÍS BASCO". O rei Juan Carlos, que iniciou o processo de redemocratização da Espanha, empenhou-se e foram aprovados os estatutos de autonomia de todas as províncias. A região passou a ter um governo próprio, sendo suspensas as restrições à divulgação da cultura e da língua basca.
Entretando o ETA-M (braço armado do ETA) não se satisfaz e intensifica as ações terroristas, exigindo a formação de um Estado basco independente.
As ações de ambas os lados se extremaram. O grupo ETA perdeu parte da popularidade que tinha junto à população espanhola.
Usando de diversas táticas para incomodar o poder central, os bascos hoje incentivam jovens secundaristas a lutar contra a opressão do governo contra os bascos.
Em 1997, as ações terroristas do grupo ETA-M levou milhares de espanhóis às ruas pedindo o fim de suas atuações.
O assassinato de um obscuro vereador da cidade de Ermua (Miguel Blanco), no País Basco, levou cerca de seis milhões de espanhóis às ruas para protestar contra o ETA.
Mesmo assim, o grupo não interrompeu suas atividades, e até o final de 1997 ocorreram mais dois atentados. Em um deles morreu um policial.
No final do século passado , estando em pleno processo de União Européia, os líderes bascos dizem-se favoráveis à União, mas querem dela fazer parte, não sendo um adendo da Espanha, e sim formando um novo país.
O recrudescimento da questão basca volta com novos atentados do grupo ETA, no ano 2000. O governo espanhol é pressionado pela população, pedindo medidas mais radicais contra os atos terroristas.

A Questão Irlandesa
A República do Eire ou Irlanda ocupa quase toda a extensão da segunda maior ilha do arquipélago britânico; ao norte, encontram-se os seis condados ocupados pelo Reino Unido, que formam a Irlanda do Norte (Ulster).
Depois de anos de lutas internas, o país iniciou seu processo de formação no início da década de 20, mas somente em 1949 a Irlanda proclama-se república e retira-se da Commonwealth. Os seis condados do norte, no entanto, permanecem sob domínio britânico, embora todos os partidos políticos irlandeses considerem que eles são parte do país. Assim, pela Constituição irlandesa, qualquer cidadão do norte pode votar e ser eleito na República do Eire.
Uma das principais causas dos conflitos locais é o fato de que a maioria da população do Ulster é composta por descendentes de colonizadores ingleses e escoceses, que seguem o protestantismo. Esse grupo social, que conta com o apoio de Londres, mantém o controle econômico e político sobre a população nativa da região, que se compõe de uma minoria de católicos.
Após 1968 - início do movimento de defesa dos direitos da comunidade católica - surgiu o braço armado das organizações políticas católicas, o IRA - Irish Republican Army (Exército Republicano Irlandês), responsável por inúmeros atentados a bomba e assassinatos. Em resposta, os protestantes organizaram-se em grupos paramilitares; o conflito tomou proporções de guerra civil, com a intervenção de tropas militares inglesas. Têm sido anos de conflitos, mortes, terrorismo e ações militares, que não apontam para nenhuma solução a curto
prazo entre a maioria protestante (que quer continuar vinculada ao Reino Unido) e a minoria católica (que quer integrar-se à República do Eire).
O governo britânico do primeiro-ministro John Majors consegue um acordo entre o IRA e os Paramilitares em 1998, que ficou conhecido com o nome de Acordo da Sexta-Feira Santa. Embora este acordo esteja prestigiado, o radicalismo entre esses dois grupos ainda se faz presente. No início do século XXI, acontece a entrega simbólica das armas do IRA ao governo britânico

Os curdos
Os curdos pertencem a um grupo étnico e lingüístico que viveu tradicionalmente nas montanhas Taurus, na Anatólia oriental, e a partir dali se espalhou pelo Irã, outras áreas da Turquia, Iraque e Síria. A região é conhecida como o Curdistão (país do curdos). A língua curda tem raízes comuns com o farsi e o pashto, falados na parte ocidental do Irã.
Tradicionalmente, os curdos foram pastores nômades, que iam atrás de seus rebanhos desde a
Mesopotâmia até as montanhas da Turquia e do Irã.
A maioria dos curdos são muçulmanos sunitas, mas também há seguidores de outras seitas. Eles têm fama de excelentes guerreiros, e de todos os chefes militares curdos, sem dúvida, Saladin - que enfrentou as expedições das Cruzadas - é o mais conhecido. Apesar de terem uma
história tão antiga nessa região, os curdos nunca conseguiram organizar um Estado independente.
O atual nacionalismo curdo surgiu após a divisão do Curdistão entre vários países, ao ser derrotado o império otomano, no final da Primeira Guerra Mundial. Nessa época, o presidente norte-americano Woodrow Wilson exortou que se garantisse a todas as minorias não turcas
o direito a formas autônomas de organização, alimentandoo sonho dos curdos de um dia obterem sua autodeterminação.
FONTE: REVISTA 3º MUNDO - FEV. 1995

A Questão Chechênia
Localizada na região sudoeste da Federação Russa, a Chechênia é habitada pelos chechenos, o maior grupo étnico de caucasianos do norte. Metade do território checheno abrange planícies férteis, e os rios Terek e Sunja cortam o território. O forte senso de regionalismo se reflete
no fato de 98% da população adotar a língua chechena.
Em resposta às reivindicações de autonomia política da Chechênia, o presidente russo Putin enviou tropas em 1999 e 2000 para ocupar a capital da Chechênia.
As forças russas enfrentaram uma feroz resistência da população chechena mas conseguiram tomar Grozni em janeiro de 2000. Este conflito é condenado internacionalmente e seu final está longe de acontecer.
A Comunidade dos Estados Independentes (CEI, ex-URSS), ainda politicamente instável, apresenta diversos movimentos étnicos que poderão resultar em possíveis conflitos, principalmente nos países islâmicos, devido à grande influência do Oriente Médio. Um exemplo deste fato é a questão do Daguestão, que já preocupa o governo russo.
Apesar do grande desenvolvimento da União Européia, esta região passa por crises de desemprego que têm aumentado a questão da Xenofobia na França e Alemanha, onde se desencadeou um movimento neonazista, principalmente na antiga Alemanha Oriental, onde cerca de 20% da mão-de-obra encontra-se desempregada, aumentando a onda de intolerância contra os imigrantes e a grande tensão dos alemães ocidentais, que reclamam do governo por terem de "pagar a conta".

AS QUESTÕES AMERICANAS
A América Latina ainda se mostra dependente do autoritarismo e da influência norte-americana, além de sua grande dependência econômica.
O caso da Nicarágua, onde a Frente Sandinista depôs a ditadura de Somoza em 1979, trouxe para dentro da América Latina uma economia mista pluripartidária que sofreu intensa pressão do governo norte-americano.
As guerrilhas que apareceram nos anos 60 e 70, inspiradas nas tendências socialistas, perderam o sentido na NOVA ORDEM MUNDIAL, mas as causas que levaram a estas guerrilhas persistem, pois na nossa AMÉRICA LATINA a miséria e a desigualdade social são ainda muito grandes nos anos 90.
México, Peru e Colômbia ainda têm dentro de seus limites grupos armados guerrilheiros que esperam a melhoria da qualidade de vida de suas populações. Não podemos, também, nos esquecer da presença de Cuba, que sofre o bloqueio econômico dos EUA, e que a duras penas sobrevive a este fato.
México: No México, o Exército Zapatista sublevou o Estado Chiapas em 94, exigindo "pão, saúde, educação, autonomia e paz". O objetivo básico deste grupo é despertar a consciência do país para a falta de democracia e para a condição dos indígenas. Apesar de várias perseguições feitas pelo governo a este grupo, ele continua agindo clandestinamente e lutando pelos seus ideais.
A nível internacional, acusam o PRI, partido político há mais de sete décadas no poder, de fraudar eleições e viver em um mar de corrupções. Em 2000, o PRI perde o comando político do país para um partido de direita, o PAM.
Guerrilha Urbana: Em 1996, surgiu o Exército Popular Revolucionário (EPR), que luta contra a interferência dos EUA no país e contra a política neoliberal. Este grupo tem-se tornado conhecido como El Barzon. Sua insatisfação é percebida, principalmente, na classe média. A ausência de uma liderança não deixa este grupo ter grande ascensão, devido ao fato de o governo ter na cidade mais facilidade de combatê-lo.
Peru: No governo do Presidente Fujimori, o movimento maoísta do Sendero Luminoso, grupo terrorista ligado à guerrilha rural, sofreu um grande golpe com a prisão de seu líder principal Abimael Guzman, e mais uma dezena de guerrilheiros que foram condenados à prisão perpétua. Com a imposição de Fujimori, é elaborada uma nova constituição no país, que limita a ação do ESTADO, possibilita a reeleição e ainda prevê pena de morte aos terroristas. Outro importante grupo terrorista, o Movimento Revolucionário Tupac-Amaru, inspirado no guevarismo, concentrou sua ação nas cidades e, no final de 1996, invadiu a embaixada japonesa. Mais uma vez a mão forte de Fujimori fez-se sentir com a invasão da embaixada e extermínio de todos os terroristas. Em 2000, Fujimori é eleito pela 3ª vez presidente do Peru. A esquerda denuncia a fraude. No final do ano 2000, após séria crise decorrente das confirmações de corrupção dos membros do governo, numa viagem ao Japão, onde representava o Peru, Fujimori, fazendo uso de sua cidadania japonesa, renuncia através de carta enviada ao Congresso peruano. Sua renúncia não é aceita e ele é demitido do cargo por incapacidade de governar.
Colômbia: Este país vive em permanente estado de tensão. A ação terrorista do FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - e do ENLC - Exército Nacional de Libertação da Colômbia - tem levado pânico a toda a população do país. Cerca de 40% do espaço territorial do país encontra-se nas mãos destes dois grupos, que utilizam o narcotráfico para combater o governo federal.
Alguns grupos guerrilheiros latino-americanos abandonaram os confrontos com o governo e se
tornaram partidos políticos, saindo da ilegalidade. Na América Latina, este parece ser o procedimento de inúmeros grupos radicais que optaram pela legalidade, já que na NOVA ORDEM não há espaço para este tipo de ação política. São exemplos deste procedimento:
• Frente Sandinista na Nicarágua
• M-19 na Colômbia
• Frente Farabundo Martí - El Salvador
• Grupos guerrilheiros na Guatemala.
Com grupos guerrilheiros trilhando o caminho democrático, uma nova luz clareia a vida dos latino-americanos.
A Questão Cubana: A posição estratégica de Cuba, a pouco mais de 150 km da Flórida, fez deste país um aliado do mundo soviético a partir dos anos 60. Região que durante a Guerra Fria foi um dos focos mais nervosos, tem hoje dificuldades para sobreviver após a desintegração do regime soviético.
O bloqueio econômico decretado pelos EUA nos meados da década de 60 só foi sentido na década de 90.Cuba tem sobrevivido a duras penas, suportando pressões internas e externas que resultam em um caos social interno.
O período crítico desta crise foi em 1994, com a questão dos "balseros", que se lançaram ao mar aos milhares para atingir a costa da Flórida.
Apesar de sofrer pressão dos demais países latino-americanos, os EUA se mantêm firmes no propósito de derrubar o governo de Fidel Castro. A Lei Helms-Burton, criada no governo de Bill Clinton, penaliza ainda mais a Ilha.
Novas crises poderão surgir dentro da antiga Europa Oriental, onde a passagem da economia planificada para a economia de mercado tem provocado desemprego e queda da qualidade de vida.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

HIERARQUIA URBANA

Quando se analisa da rede urbana de qualquer país, esta conduz a certas observações importantes:
1- existência de cidades de diferentes categorias dimensionais, isto é, de diferentes tamanhos quanto ao contingente populacional;
2 - cidades que possuem funções urbanas definidas, isto é, portuárias, industriais, religiosas, centros políticos-administrativos, turísticos ou ainda aquelas que possuem múltiplas funções;
3 - cidades que se diferenciam das outras pelo desenvolvimento de seu setor terciário, isto é, que possuem a rede de serviços diversificada e desenvolvida e, assim sendo, exercem influências sobre outras cidades e sobre o espaço rural o sobre a região.
Cada cidade possui um mercado consumidor não só interno mas também externo (relativo à região).
À medida que uma cidade consegue desenvolver, ampliar ou diversificar os produtos ou serviços para atender às necessidades de consumo da população, ela exercerá maior influência sobre uma região.
Analisando-se a rede urbana, observa-se que as cidades possuem produtos e serviços de consumo muito freqüentes; as cidades grandes possuem produtos e serviços de consumo raro.
Como exemplo, pode-se citar o caso de se precisar de um especialista em cálculo de concreto para grandes edificações. Numa cidade pequena dificilmente será encontrado tal profissional.
Assim sendo, podemos classificar as cidades brasileiras da seguinte forma:
a) as metrópoles nacionais: Rio de Janeiro e São Paulo, que concentram praticamente todas as principais funções e atividades de maior importância que se possa imaginar, polarizando todo o país.
b) as metrópoles regionais: cidades de grande porte que polarizam vasta área circunvizinha, como Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza.
Há de se ressalvar que neste caso existem as metrópoles incompletas ou centro submetropolitanos, como Vitória, Manaus, Florianópolis, Goiânia, Campinas, Ribeirão Preto, Cuiabá, Juíz de Fora etc.
c) as capitais regionais: são polarizadas pelas metrópoles regionais, mas comanda grande número de cidades de porte médio e pequeno ao seu redor. Citam-se: Londrina, Caxias do Sul, Blumenau, Campina Grande, Montes Claros,
d) os centros regionais: cidades médias que polarizam outras menores, como Jales-SP, Andradina-SP, Formiga-MG, Governador Valadares-MG, ou São João da Barra- RJ.
e) as cidades pequenas ou locais: as demais cidades, aos milhares existentes no país.

MATÉRIA SERIADO 2º ANO: URBANIZAÇÃO

O processo de urbanização no Brasil pode ser verificado, em verdade, desde o seu descobrimento.
No entanto, devido ao modelo econômico adotado no país, que se prendia basicamente ao meio rural, sendo este o ponto de sustentação e manutenção do país, as cidades permaneciam num segundo plano.
O meio rural era o sustentáculo das cidades e essas dependiam das grandes fazendas para sua existência.
No início do século XX, entretanto, quando ocorrera a Revolução Varguista (1930), o modelo econômico do país passou a ser alterado.
Getúlio Vargas passou a incentivar o processo de industrialização nacional, que embora fosse surgindo de forma morosa e paulatina, dava mostras de que havia vindo para ficar.
Pode-se deduzir, então, que com o surgimento e crescimento de Parques Industriais no país, cresceria também o número de cidades e o tamanho das mesmas. As cidades passaram a contar com maior volume de habitantes.
Todavia, a urbanização no Brasil intensifica-se sobretudo a partir de 1950, quando a atividade industrial ganha importância no cenário econômico nacional.
Em 1950, 36,2% da população brasileira vivia na área urbana; tratava-se, portanto, de um país predominantemente rural. Trinta anos depois, a situação se inverteu: 67,5% da população era urbana.
CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS
Esse extraordinário crescimento da população urbana foi conseqüência direta do intenso êxodo rural.
Ocorrida em função do crescimento industrial, essa migração rural-urbana tem origem nas transformações introduzidas no campo, que liberam grandes parcelas de mão-de-obra rural, particularmente de algumas áreas do Centro-Sul (planalto Paulista, norte do Paraná etc). No entanto, a mais importante causa do êxodo rural, sem dúvida, são as precárias condições de vida do trabalhador do campo, que sem acesso à terra e em condições de miserabilidade, dirige-se para a cidade como último recurso para sobreviver. Tal êxodo rural, sem planejamento algum, gerou um quadro sócio-econômico dramático na área, onde milhões de pessoas aglomeram-se em favelas e cortiços, marginalizadas do processo econômico. Como alternativa se ocupam com serviços esporádicos – os chamados subempregos, como vendedores ambulantes, por exemplo. O lado mais dramático do problema, porém, diz respeito às crianças, que formam, hoje, um verdadeiro exército de milhões de menores abandonados. Fruto de graves desequilíbrios econômicos que induzem a desagregação familiar, o problema dos menores abandonados, assim como o de toda a população marginalizada em favelas e cortiços, vem se tornando a tônica de discussões diárias, chamando a atenção da população, da imprensa e dos políticos.
Tal quadro, favorecendo o aumento da marginalização e da criminalidade nos centros urbanos, tem encontrado abordagens as mais diversas, desde as que falam em aumento do efetivo policial até as que sugerem prolongar o período escolar diário, para que o Estado assuma a criação dos menores em todos os níveis.
Como o “MST” - Movimento dos Sem Terra - há também os que exigem soluções a partir da origem do processo, ou seja, mudanças na estrutura fundiária, através da reforma agrária, e nas prioridades de orçamento, que deveriam estar mais voltadas para aspectos sociais, como saúde, educação, moradia, etc.
O processo de urbanização dos países do terceiro Mundo, como o Brasil, iniciou-se há pouco tempo, em geral após 1945, mas ocorre atualmente num ritmo bastante intenso.
No Brasil, por exemplo, a população urbana passou de 36% do total em 1950, para 56% em 1970, 67% em 1980 e cerca de 78% em 1995. Na Argentina e Uruguai, que são os países subdesenvolvidos mais urbanizados do mundo, a população urbana já ultrapassa - e muito - a cifra de 80%. Mesmo alguns países da África e da Ásia, nos quais somente uma pequena parte da população vive nas cidades como Gana (38%), Nigéria (22%), Tailândia (18%), Paquistão (29%) e Bangladesh (18%) - estão se urbanizando rapidamente.
Todavia, essa urbanização não é “normal”, já que não é acompanhada de igual ritmo de industrialização. É claro que, alguns mais, outros menos, esses países também estão se industrializando; mas tal industrialização não acompanha, quanto à criação de novos empregos, o intenso ritmo da urbanização.
A saída de pessoas do campo para a cidade, nos países subdesenvolvidos, não se dá, em primeira instância, pela mecanização das atividades agrícolas e pela oferta de empregos urbanos, mas sim pela criação de novos empregos no meio rural a um ritmo menor que o do crescimento demográfico. Assim, a cada ano novos contingentes humanos são expulsos do campo pela falta de empregos nessa área. Além disso, as cidades, especialmente as grandes metrópoles, exercem um fascínio muito grande sobre o homem rural, pois dão a impressão de oferecerem uma vida mais fácil, mais moderna e com maiores possibilidades de progresso social.
Como resultado desse desnível entre urbanização e oferta de novos empregos urbanos, são comuns nas grandes cidades do Terceiro Mundo as paisagens que mostram lado a lado o moderno e o tradicional, o excessivamente luxuoso e o paupérrimo: os bairros ricos ao lado de imensas favelas, os modernos edifícios de escritórios ao lado de prédios deteriorados e cheios de cortiços, o empresário em seu carro com motorista particular numa avenida onde mendigos pedem esmolas e crianças ou subempregados vendem bugigangas.

CONURBAÇÕES
O crescimento da área urbana de algumas cidades fez com que, paulatinamente, os centros menores que se encontravam nos arredores desta cidade em crescimento passassem a sofrer influência direta deste crescimento e também estas cidades tivessem um princípio de expansão do seu sítio urbano.
Assim, aos poucos, cidades passaram a ter suas áreas urbanas interligadas, forçando os governos locais a um planejamento supra-municipal, isto é, um planejamento que vai além do município principal da região.
A este fenômeno relativamente novo no Brasil, denominou-se conurbação.
Hoje, estas conurbações são muito comuns, já atingindo até mesmo cidades de porte mediano.
Mas também são freqüentes entre grandes cidades, formando as metrópoles.
A mudança da população do meio rural para as cidades é determinada pela repulsão que ocorreáreas de estagnação econômica (seja esta por qualquer fator) e, concomitantemente, pelo surgimento de uma área de atração (que nem sempre corresponde verdadeiramente a uma área que haja oferta de empregos). No caso desta última, é ela determinante no formato da migração urbanizadora do país, pois gira em torno de um processo associado à metropolização, ou seja, a migração no Brasil, como característica da migração tardia (de países que tiveram processo de industrialização mais recentemente), está voltada para uma freqüente busca de cidades que já sejam grandes metrópoles. Como num “círculo vicioso”, a cidade atrai pessoas pela sua grandeza. Quanto mais migrantes chegam, mais ela cresce, atraindo mais e mais pessoas.
No Brasil, já aparece uma megalópole, ou seja um centro econômico cuja área abrange aproximadamente 46.000 km²(cerca de 0,5% do território brasileiro), mas onde estão cerca de 23% da população do país, as duas metrópoles nacionais, Rio de Janeiro e São Paulo, e mais de 60% da produção industrial do Brasil.
Na atualidade, no entanto, há grande mudança quando se trata de urbanização do país. Devido ao fenômeno que vem acontecendo, especialmente nesta última década, onde grandes empresas estão se mudando para cidades de porte mediano, além das novas indústrias que chegam ao país também estarem procurando cidades de porte médio, pode-se notar que as migrações mais recentes também têm se destinado a este tipos de cidades, fazendo com que elas cresçam mais que as grandes metrópoles.
Para este caso servem como exemplo Divinópolis, Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora, Sete Lagoas e Governador Valadares, em Minas Gerais; ainda, Camaçari, na Bahia; Serra Talhada, em Pernambuco; Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Marília, Sorocaba, Piracicaba e outras, em São Paulo; Petrópolis, Valença, Três Rios, Nova Friburgo, Resende, Campos e Barra Mansa, no Rio de Janeiro.

gabarito prova 3º ano dia 18-10

01- (UFMG 2005) O Brasil é revestido por formações florestais diferenciadas sob vários aspectos. Considerando-se as formações florestais brasileiras, é INCORRETO afirmar que:
A) as diferenças de densidade, estrutura, fisionomia e composição florística apresentadas por essas florestas são devidas à diversidade dos climas e dos solos e a mudanças ambientais no tempo geológico.
B) as florestas galerias, ou ciliares, são formações arbóreas naturais, alongadas e estreitas, circunscritas a vales ou margens de rios e típicas dos domínios de cerrados e campos.
C) as florestas subtropicais do Planalto Meridional são equivalentes ecológicos das florestas de coníferas encontradas nas latitudes extratropicais do Hemisfério Norte, nas zonas temperadas.
D) as formações florestais do Brasil Central, diferentemente das de grande parte da Amazônia, têm ritmo sazonal marcado pela alternância de estações seca e chuvosa.

02 – (UFMG 2005) Considerando-se as paisagens serranas do meio tropical do Sudeste brasileiro, com altitudes superiores a 1.200 m – como as da Serra da Mantiqueira –, é INCORRETO afirmar que elas
A) favorecem o desenvolvimento de atividades turísticas diferenciadas – como as esportivas, ecológicas, de inverno –, relevante opção econômica nos tempos atuais.
B) oferecem alternativas econômicas diferentes nas regiões tropicais, ao possibilitarem o desenvolvimento de culturas temperadas, sobretudo de frutas.
C) registram, mesmo estando em latitudes relativamente baixas, temperaturas que podem atingir valores absolutos próximos ou inferiores a 0º C.
D) se caracterizam pelo acentuado efeito orográfico, que cria regiões semi-áridas nos vales e nas baixas vertentes ocidentais.

03 – (UFMG 2007) Considerando-se a tropicalidade dos climas – e suas conseqüentes repercussões na vida humana – em vastas extensões do território brasileiro, é INCORRETO afirmar que:
A) a alternância típica das estações chuvosa e seca – verão e inverno – ainda influencia o calendário agrícola de amplas regiões, mesmo daquelas em que já se utiliza a irrigação.
B) a redução da intensidade da radiação solar e da duração do dia no inverno, embora pouco significativa, torna o sol alternativa energética inviável nessa estação do ano.
C) a umidade relativa do ar apresenta variação estacional semelhante à das chuvas, com expressiva redução durante os dias de inverno, o que implica efeitos sobre a saúde humana.
D) as diferenças de temperatura entre verão e inverno, embora reduzidas, aumentam com a latitude, sem que o frio se torne fator limitante para a agricultura em muitas regiões.

04 – (UFMG 2007)
Leia este trecho:
As caatingas
“Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua”.
Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas.
Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e desdobra-se-lhe na frente léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante.
Embora esta não tenha as espécies reduzidas dos desertos – mimosas tolhiças ou eufórbias ásperas sobre o tapete de gramíneas murchas – e se afigure farta de vegetais distintos, as suas árvores, vistas em conjunto, semelham uma só família de poucos gêneros, quase reduzida a uma espécie invariável, divergindo apenas no tamanho, tendo todas a mesma conformação, a mesma aparência de vegetais morrendo, quase sem troncos, em esgalhos logo ao irromper do chão.”

A partir dessa leitura, é INCORRETO afirmar que, no trecho transcrito, o autor:
A) apresenta a caatinga como uma vegetação de reduzida biodiversidade, embora de significativa multiplicidade de formas adaptativas.
B) caracteriza a vegetação da caatinga como repulsiva, agressiva, por causa dos espinhos, galhos retorcidos, folhas urticantes.
C) deixa entrever o caráter decidual da vegetação quando fala de árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos.
D) descreve a vegetação sertaneja no período das secas; daí, as expressões que remetem à agonia, morte, desolação.

05 – (FUVEST) Que relação das propostas abaixo NÃO se apresenta correta?
a) CLIMA MEDITERRÂNEO - Ameno, embora relativamente seco, sem chuvas no verão.
Vegetação de bosques, como o "maquis" ou a barriga espinhenta.
b) CLIMA TROPICAL ÚMIDO OU EQUATORIAL - Temperaturas elevadas e pluviosidade
constante. Forma de vegetação florestal e solos, no geral, pobres.
c) CLIMA TROPICAL COM ESTAÇÃO SECA - Temperaturas elevadas. A presença de uma
estação seca dificulta a presença de florestas, sendo a vegetação mais comum a savana.
d) CLIMA TEMPERADO OCEÂNICO - Seco, com invernos rigorosos, típicos das costas
orientais dos continentes. Predominância da estepe.
e) CLIMA SUBPOLAR - Verões frios e curtos. Precipitações escassas e em forma de neve.
Vegetação é a taiga. Solos do tipo podzol.

06 - Identifique as duas formações vegetais destacadas no mapa e relacione-as com as condições
climáticas dominantes.
1 - caatinga – semi-árido- apresenta uma mata de características áridas (xerófitas) e de cor acinzentada (devido a poeira do período seco), denominada de caatinga. As espécies mais freqüentes são as cactáceas, ou mesmo plantas que apresentam uma camada cerosa que evitam a perda de água. Alguns vegetais perdem totalmente suas folhas (caducifólias), apresentando muitos espinhos, não havendo cobertura no solo.
2 - cerrado – tropical- típico em quase todo o planalto central brasileiro. A acidez dos solos aliada as secas prolongadas que ocorrem na região (as chuvas são abundantes apenas no verão), formam uma vegetação complexa denominada cerrado, que caracteriza-se por apresentar cascas grossas, galhos retorcidos e folhas coriáceas, que são adaptações as condições de seca.

07 - Considere o mapa apresentado a seguir.
a) Identifique os tipos de vegetação I e II destacados no mapa.
1 – cerrado; 2- campos
b) Apresente formas de utilização econômica das áreas identificadas.
As pradarias, ou campos, apresentam um baixo relevo e são pouco lixiviadas pelas águas das chuvas, mostrando um solo muito rico e favorável as práticas agropecuárias. No passado serviu mais à pecuária (ovina e bovina), pois tornava-se pastagem natural. Com a modernização agrícola e o uso intenso de máquinas, alguns cultivos, como o do trigo e da soja, adaptaram-se bem à essa região, substituindo a atividade anterior.
A região dos cerrados fora por muito tempo área de predomínio quase exclusivo da pecuária bovina de corte. Entretanto, nas últimas décadas, por incentivo governamental, iniciou-se uma moderna agricultura para exportação, com destaque para a soja.
08 - Analise as seguintes afirmações:
1. Brasília, situada no interior do Brasil, apresenta temperaturas médias de verão e inverno com pequena diferença, o que facilita o desenvolvimento dos Campos Cerrados.
2. As áreas do globo, situadas a grandes altitudes, apresentam baixas temperaturas e elevada pressão atmosférica.
3. Quando se comparam as cidades de Santos e Belém, verifica-se que em Santos há menor amplitude térmica anual, devido à proximidade do Trópico de Capricórnio.
4. As áreas que sofrem influência marítima são de menor variação térmica que o interior dos continentes.
5. Monções é um tipo climático característico das zonas semi-áridas.
6. Gobi é uma área desértica específica do oeste norte-americano.
Assinale a alternativa que contém a(as) afirmação(ões) correta(s).
a) 1, 2 e 3 d) 6
b) 2, 3 e 6 c) 4 e) 1, 2, 3, 5 e 6

09 - Na questão a seguir, escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for
falsa.
A atmosfera vem a ser a camada gasosa que envolve a Terra, acompanhando-a em todos os seus movimentos. Em relação à atmosfera, podemos afirmar que:
( ) em face de sua imensa espessura, costuma-se dividir a atmosfera em camadas superpostas, entre as quais, as que mais interessam ao estudo do clima são a TROPOSFERA e a ESTRATOSFERA.
( ) é na MESOSFERA que encontramos o gás ozônio (03), responsável pela filtragem da radiação ultravioleta proveniente do sol.
( ) o gás mais encontrado na atmosfera é o oxigênio (78,07%), seguido do nitrogênio (20,95%) e do argônio (0,03%).
( ) a camada atmosférica mais baixa, em contato direto com a superfície terrestre é a TROPOSFERA, onde a quase totalidade dos fenômenos meteorológicos se originam e evoluem.
( ) o ar atmosférico tem elasticidade, ou seja, aumenta e diminui de volume e peso devido às diferenças de temperatura, dando origem às diferenças de pressão.
V,F,F,V,V

10 – Some as alternativas corretas.
01 - Domínio das Pradarias – Também conhecido por Pampa ou Campanha Gaúcha. Predomínio de terras altas e vegetação arbórea, onde sobressaem colinas ou ondulações do terreno denominadas coxilhas.
02 - Domínio da Caatinga – Planaltos e depressões, solos pobres em matéria orgânica e clima predominante semi-árido.
04 - Domínio da Araucária – Mata da Araucária ou dos Pinhais (muito devastada). Clima tropical dos planaltos arenito-basálticos da Bacia do Paraná.
08 - Domínio do Cerrado – Planaltos, depressões e chapadas sedimentares. Clima tropical, vegetação predominante arbustiva e herbácea, solos ácidos.
16 - Domínio dos Mares de Morros – Planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste, clima tropical úmido. Morros arredondados (mares de morros). Porção oriental, mais industrializada do país sofreu grande devastação.
F,V,F,V,V
Soma 26

11 – (PUC- MG- 2006 ) A Biosfera é o espaço terrestre onde se desenvolve a vida (Troppmair, 2004). Ela envolve todo o globo terrestre e possui espessura variável. A abundância e a diversidade da vida são funções da disponibilidade de energia. Assim, pode-se afirmar que constitui padrão geográfico da biodiversidade em função da disponibilidade de energia:
I. A diversidade e abundância da vida diminuem à medida que ocorre o afastamento em relação ao equador, sobre as superfícies continentais.
II. A diversidade e a abundância de vida são elevadas nas zonas desérticas quentes, onde abunda energia solar.
III. A diversidade e a abundância da vida possuem o mesmo padrão geográfico de distribuição nas superfícies continentais e oceânicas, em latitudes iguais.
A afirmativa está CORRETA em:
a) I apenas.
b) II e III apenas.
c) I e III apenas.
d) I, II e III.

12 – ( PUC-MG – 2006) O Brasil tem o título de país detentor da maior biodiversidade do planeta, graças, entre outras coisas, aos grandes biomas que apresentam diferenças significativas em seus arranjos ambientais. Sobre os biomas brasileiros, é INCORRETO afirmar:
a) Os biomas florestais brasileiros são os de maior abrangência espacial e são responsáveis pela maior parte da diversidade biótica nacional.
b) O bioma do cerrado assemelha-se, em fisionomia, a outros biomas savânicos dispersos pelos continentes africano, asiático e australiano.
c) Os campos rupestres constituem áreas de abrangência espacial reduzida, se comparados aos demais, mas apresentam um grande endemismo de espécies.
d) caatinga nordestina constitui um bioma campestre em função da baixa pluviosidade local e possui menor diversidade biológica que os demais.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

MATÉRIA: CARTOGRAFIA - SERIADO 1º ANO

OS PÓLOS DA TERRA: As extremidades terrestres são denominadas pólos. Tendo em vista que a Terra “assemelha-se” a um gigantesco imã, destacaremos pólos distintos:
1) PÓLOS GEOGRÁFICOS: São as extremidades do eixo imaginário da Terra, situados a 90º N e 90º S da linha do Equador.
2) PÓLOS MAGNÉTICOS:São os extremos do campo magnético da Terra. Entretanto os pólos geográficos e magnéticos não coincidem. A diferença entre eles é chamada de Declinação Magnética.
DETERMINAÇÃO HEMISFERIAL
Pode-se dividir o planeta, como a uma esfera (sferius), em duas metades (hemis). Dá-se, assim, origem aos seguintes hemisférios:
NORTE , setentrional ou boreal;
SUL, meridional ou austral
OESTE OU ocidental
LESTE OU oriental

AS LINHAS IMÁGINÁRIAS
São linhas traçadas sobre a esfera celeste (da Terra), no sentido vertical (denominadas meridianos) e no horizontal (denominadas paralelos).
Os paralelos são linhas imaginárias que cortam o globo horizontalmente. Variam de 0º a 90º C, tanto ao norte quanto ao sul, a partir da linha do EQUADOR.
Os meridianos são semicírculos imaginários e traçados de pólo a pólo, variando de 0º a 180º a leste e a oeste, tendo como referencial o meridiano de GREENWICH (GMT Greenwich Meridiam Time), situado em Londres, na Inglaterra.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS
As coordenadas geográficas são um conjunto de linhas imaginárias que servem para localizarmos um ponto qualquer, na superfície da Terra. Estas linhas são constituídas de meridianos e paralelos. A latitude é determinada por paralelos, enquanto a longitude é dada por meridianos. Com as coordenadas geográficas (latitude e longitude) podemos localizar um ponto qualquer na superfície terrestre.

OS MOVIMENTOS DA TERRA
Com sua forma ligeiramente esférica a Terra realiza dois principais movimentos: Rotação e Translação.
1) Movimento de Rotação
É o movimento que a Terra realiza em torno de si mesma, denominado movimento real, que se dá no sentido de oeste para leste, embora o que a maioria considera no seu cotidiano seja o movimento aparente, o do Sol, no sentido de leste para o este.
O movimento da Terra tem a duração de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, e sua velocidade é de 1666 Km/h, na altura do Equador. Suas principais conseqüências são as seguintes:
a) Interfere na circulação atmosférica e nas correntes marítimas.
b) Originou as horas e os fusos horários, de grande importância na organização das atividade humanas.
c) Sucessão dos dias e das noites.
2) Movimento De Translação
É o movimento que a terra executa ao redor do Sol. A trajetória percorrida chama-se órbita, cuja a forma é elíptica. Todo o percurso dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundo. Desta forma a, cada quatro anos teremos um dia a mais. Assim surge o ano bissexto, onde acrescentamos o dia 29 de Fevereiro.
A principal conseqüência da translação é a ocorrência das estações do ano, períodos nos quais, dependendo da posição da Terra em relação ao Sol, os hemisférios norte e sul poderão ser igual ou desigualmente iluminados.

3) As Estações Do Ano
Os solstícios são épocas onde os hemisférios norte e sul são desigualmente iluminados ocorrendo nas seguintes datas:
· 21 de Dezembro: solstício de verão no hemisfério sul, ocorre que os dias são mais longos e as noites são mais curtas. No hemisfério norte ocorre o inverno.
· 21 de Junho: solstício de verão no hemisfério norte, ocasionando verão no hemisfério norte e inverno no hemisfério sul. Aqui, no hemisfério sul, os dias são mais curtos e as noites mais longas neste período.
. Os equinócios são épocas em que os hemisférios norte e sul são igualmente iluminados. Ocorrem nestas datas:
· 21 de Março: assinala o início do outono no hemisfério sul e da primavera no hemisfério norte. As durações dos dias e das noites são iguais nos dois hemisférios.
· 21 de Setembro: marca o início da primavera no hemisfério sul e outono no hemisfério norte. Também são iguais dias e noites.

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
É a representação de uma superfície esférica (a Terra) num plano (o Mapa), ou seja, trata-se de um “sistema plano de meridianos e paralelos” (Canevá), sobre os quais pode ser desenhado um mapa.
O grande problema da cartografia consiste em ter de representar uma esfera num plano, pois como já sabemos a esfera é um sólido não planificável. Assim sempre haverão distorções ou deformações. Atualmente são utilizados cálculos matemáticos bastantes precisos, que facilitam a criação de projeções com menor grau de deformação.
Os três tipos básicos de projeções são:
· CÔNICA
· AZIMUTAL
· CILÍNDRICA
1) Projeção Cônica: Proveniente da projeção do globo terrestre sobre um cone, que posteriormente é desenvolvido.
Características:
1. Apresenta paralelos circulares e meridianos radiais, isto é, originados em um único ponto.
2. Muito utilizada na representação de países ou regiões de latitudes intermediárias.

2) Projeção Azimutal
Resulta da projeção do globo terrestre sobre um plano, a partir de um determinado ponto (ponto de vista).
Características:
1. Utilizada em mapas especiais, principalmente os náuticos e aeronáuticos.
2. Quando o ponto de projeção se dá sobre o pólo teremos os meridianos como linhas retas e convergentes ao pólo e os paralelos serão círculos concêntricos, abrangendo apenas um hemisfério.

3) Projeção Cilíndrica
Resulta da projeção de paralelos e meridianos sobre um cilindro envolvente, que é posteriormente planificado.
Características:
1. Apresenta paralelos retos e horizontais e meridianos retos e verticais;
2. Gera um crescimento (deformação) exagerado nas elevadas latitudes;
3. É a representação mais utilizada na confecção dos mapas mundi.

Mercator x Peters
Entre as formas mais utilizadas para se apresentar o mapa do Mundo, estão duas projeções do tipo cilíndrica. A de Peters e a de Mercator.
A Projeção de Mercator é datada de 1569, sendo utilizada por navegadores, descobridores, geógrafos, entre vários outros profissionais, durante séculos. É bem verdade que seu método de construção sempre sofrera críticas, pois a deformação dada aos territórios dos países era impressionante, enquanto é mantida a retidão dos ângulos. Essa era, portanto, uma discussão de caráter matemático.
Entretanto, dentro do contexto da Guerra Fria, passou-se a discutir a projeção de Mercator como sendo, em sua forma, um instrumento que denotava dominação, privilegiando o colonizador, isto é, fora acusada de tendenciosa e de destacar principalmente os EUA e os países Europeus.
Assim, em 1973, surge a Projeção de Peters, que embora sendo de origem cilíndrica, como a primeira, mantém a proporção das áreas, mas deforma as medidas de ângulos. Passou a ser utilizada por geógrafos e editores que achavam “contestar” a ordem vigente.
O que se nota, de fato, é que ambas tem pontos positivos e negativos e que devem ser privilegiadas não no campo ideológico, mas mediante a necessidade de quem irá trabalhar com cartas (mapas).

FUSOS HORÁRIOS
Devido as diferenças de iluminação do globo, e do desenvolvimento das comunicações internacionais, tornou-se necessário coordenar as horas legais dos diferentes países.
Em uma hora a Terra gira 15º de longitude (360º rotação/24 horas, tempo gasto). Portanto, a Terra divide-se em 24 fusos de 15º (de longitude) cada ou 1 hora.
A hora do Meridiano Greenwich (GMT), é a hora padrão, sendo que todos os pontos situados em um mesmo meridiano possuem a mesma hora.
O movimento de rotação realiza-se de oeste para leste, assim todos os locais situados a leste de GMT tem a hora adiantada e, todos os locais situados a oeste tem a hora atrasada com relação a este meridiano.
Quando conhecemos a hora de um local da Terra, podemos determinar sua longitude comparando com a hora de GMT.
Os cálculos de diferenças horárias permitem a um cidadão se posicionar frente ao seu objetivo em relação à outra parte do planeta que se encontre fora do fuso em que ele se encontra. Seja, por exemplo, num jogo de futebol, numa reunião de executivos, numa viagem de turismo, de compras, para se ouvir um noticiário etc.
1) CÍRCULOS HORÁRIOS
A partir do estudo da Geodésia (projeções sobre a forma com que se apresenta o Planeta Terra), pode-se traçar círculos verticais sobre a esfera celeste (meridianos) e determinar um desses círculos para ser o originário dos demais, tanto a leste, quanto a oeste. Este círculo (dotado de meridiano e anti-meridiano) trata-se de Greenwich - 0º - passando sobre a cidade de Londres, Inglaterra.
2) HORA SOLAR OU LOCAL
Esta “Hora Local” é fornecida pela posição do sol no céu, mediante referencial do observador, estando este em local qualquer sobre o Planeta.
Assim, em um local qualquer é meio-dia quando o sol localiza-se em seu plano mais elevado (Zênite), o mesmo que dizer que o sol está “a pino” neste local.
3) HORA LEGAL
É a hora oficial, adotada por lei, de um país ou região. Muitas vezes não coincide com a hora solar, por exemplo no caso do horário de verão.
4) LINHA INTERNACIONAL DE DATAS
É a Linha correspondente ao Anti-meridiano de Greenwich, isto é, é a linha que se encontra a 180º de longitude em relação à GMT, sejam estes 180º a oeste (W) ou a leste (E).
Por exemplo: Quando é meio dia em Greenwich, é meia noite no meridiano oposto, 180ºE (Anti-meridiano de Greenwich).
É também utilizada para marcar a virada de datas, por exemplo: A uma distância oeste da linha internacional de datas são 23:59 horas do dia 15 de Novembro e, a mesma distância no lado leste são 0:01 horas do dia 16 de Novembro.
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Seguiremos a explicação passo-à-passo para que você possa acompanhar o desenvolver de cada exercício. É importante ressaltar, todavia, que a resolução dos tipos de exercícios mais bem elaborados dependerá, sobremaneira, da sua atenção na resolução dos mais simples, captando formas que facilitem e acelerem o seu raciocínio.
1º passo: Determine a diferença de longitude entre as duas localidades em questão (a que se conhece, e aquela que se deseja conhecer).
2º passo: Observe se as localidades encontram-se no mesmo hemisfério. Some as longitudes se forem opostas (leste-oeste) ou subtraia, se estiverem no mesmo hemisfério.
3º passo: O resultado obtido será dividido por 15º fornecendo-nos a diferença horária entre as duas localidades.
IMPORTANTE
Duas localidades situadas a leste de GMT a de maior longitude terá a hora adiantada.
Duas localidades a oeste de GMT a de maior longitude possui a hora atrasada.
Por força de Lei, oficialmente o Horário a ser seguido sobre o território brasileiro tem como referencial a “Hora Oficial de Brasília”, que se encontra a 45º de longitude W (oeste).
Assim, por exemplo, quando os relógios de Brasília (e todas as localidades ajustadas dentro deste mesmo fuso) estiverem marcando 14 horas, nesse mesmo instante em Fernando de Noronha serão 15 horas, pois se encontra 1 (um) fuso à frente (adiantado) em relação à Brasília; já no Acre os relógios marcarão 12 horas, tendo-se em vista que este estado se encontra dois fusos atrás (atrasado) em relação à Brasília.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

MATÉRIA DE HISTÓRIA GERAL PARA SERIADO MÓDULO II

AS REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉC. XVII E O PARLAMENTARISMO

1. DINASTIA STUART:
- Os Stuart chegaram ao poder na Inglaterra depois da morte de Elizabeth I, que não deixara herdeiros.
- O poder foi assumido por Jaime I, rei da Escócia e parente da rainha morta.
· Jaime I
- absolutismo anglicano.
- os puritanos, fugindo do absolutismo e da intolerância, deslocaram-se para a América e iniciaram efetivamente a colonização das 13 colônias inglesas: o navio Mayflower e a colônia de Plymouth.
· Carlos I
- tensão entre o rei e o parlamento devido à intenção do rei de criar novos impostos sem a concordância do parlamento.
- o Parlamento impõe ao rei a Petição de Direitos (1628): dava garantias à população contra novos tributos e prisões arbitrárias. O rei jurou em troca da aprovação dos impostos.
- em 1629, o rei dissolveu o Parlamento.
- em 1640, precisando de recursos para sufocar uma rebelião na Escócia, o rei convocou o parlamento: o parlamento não concordou e queria diminuir os poderes do rei.
- o rei tentou fechar novamente o parlamento e deu início a uma guerra civil: rei X parlamento.

2. A GUERRA CIVIL (1641-1649): Revolução Puritana
· Cavaleiros X Cabeças Redondas
- apoiavam o rei. - apoiavam o parlamento.
- latifundiários. - Oliver Cromwell.
- católicos. - burguesia.
- anglicanos. - gentry (parcela da nobreza).
- puritanos (calvinistas ingleses).

Gentry: eram os representantes dos proprietários de médio porte, viviam no campo e dependiam desta propriedade para sobreviver. Passam a investir cada vez mais na propriedade para crescer, por isso querem livrar a economia do mercantilismo, assim no aspecto político, assumem as mesmas posições da burguesia liberal confundindo-se com ela.

· Vitória dos Cabeças Redondas
- execução do rei.
- instalação do regime republicano: pela primeira e única vez na história inglesa.
- Commonwealth: República Puritana.

3. A REPÚBLICA PURITANA (1649-1658):
· Oliver Cromwell:
- No início, governou em conjunto com o Parlamento, mas depois deu um golpe e instalou a ditadura (1653-58).
+ Atos de Navegação:
- incentivaram a construção naval.
- proibição da entrada e saída de mercadorias em navios estrangeiros.
- foi fundamental para o comércio, a burguesia, o capitalismo e a revolução industrial.
- prejudicou os holandeses.
+ Os Niveladores: grupos de artesãos que formavam a base do exército de Cromwell, possuíam idéias radicais sobre democracia, tiveram alguma influência sobre Cromwell.

4. RESTAURAÇÃO STUART:
· Carlos II
- tentou restabelecer o absolutismo.
- simpatia: catolicismo.
+ Divisão do Parlamento:
- Whig: oposição ao rei, burguesia liberal, puritanos, defendiam um governo controlado pelo Parlamento.
- Tory: apoiavam o rei, conservadores, absolutistas, anglicanos.
+ "Bill Habeas Corpus": Carlos II, em 1679 assinou o habeas-corpus, lei que garantia a liberdade dos cidadãos.

· Jaime II
- continua a política de restauração do absolutismo.
- casamento: nascimento de um herdeiro de mãe católica ® provoca a união de Whigs e Tories, temerosos da restauração do catolicismo e do absolutismo.

5. REVOLUÇÃO GLORIOSA (1688)
· O Parlamento convida Guilherme de Orange para ocupar o trono: aceita, invade a Inglaterra, depõe o rei e assume o poder.
· Guilherme III jura a Declaração de Direitos (Bill of Rights): monarquia constitucional parlamentarista e supremacia do parlamento sobre a monarquia ® “o rei reina mas não governa”.
- A "Declaração de Direitos", assinada pelos soberanos ingleses Guilherme II e Maria, resultado concreto da Revolução Inglesa, comprometia-os com cláusulas, como obrigações de cumprir leis votadas pelo Parlamento, sem ter direito a veto; impedimento de lançar impostos sem a aprovação dos representantes populares; proibição de manter um exército permanente, em tempo de paz, sem a anuência do Parlamento; obrigação de convocar o Parlamento periodicamente e a proibição de criar novos impostos; dava ao Parlamento a supremacia no controle das leis, do Ministério, do Tesouro e do Exército.
· Ato de Tolerância: liberdade religiosa.
· Significados: abriu caminho para a formação de um Estado burguês e para a eclosão da Revolução Industrial. Iniciava a crise do Antigo Regime (absolutismo, mercantilismo, sociedade de ordens, intolerância religiosa).


O ILUMINISMO
1. CONCEITO:
- Movimento intelectual e filosófico iniciado na Inglaterra no século XVII e desenvolvido na França do século XVIII.
- Filosofia (ideologia) revolucionária da burguesia: Ilustração ou Época das Luzes.

2. PRECURSORES:
· Revolução Científica do século XVII
- René Descartes: racionalismo - método experimental - “penso, logo existo”.
- Isaac Newton: mecanicismo - fundamentos matemáticos da lei da gravitação universal - leis físicas/naturais.

3. IDEÁRIO ILUMINISTA:
· “Desejavam abalar os tronos e derrubar os altares”.
- crítica ao Estado absolutista e a teoria do direito divino dos reis.
- crítica aos privilégios de classe (ordens ou estados).
- crítica à postura da Igreja Católica, sustentáculo do Antigo Regime.
- defesa da limitação do poder real.
- defesa da não intervenção do Estado no campo econômico.
- defesa de um sistema constitucional.
- racionalismo.

4. OS FILÓSOFOS ILUMINISTAS:
· John Locke
- “Segundo Tratado do Governo Civil”.
- direitos naturais do Homem: vida, liberdade e propriedade.
- estado de natureza - governo e sociedade civil.
- direito de rebelião.
· Montesquieu
- “O Espírito das Leis”.
- tripartição do poder: executivo, legislativo e judiciário.
- teoria dos “Freios e Contrapesos”.
· Voltaire
- “Cartas Inglesas”
- críticas a Igreja Católica (anticlerical) e aos resquícios feudais (servidão).
- defesa da liberdade de expressão.
· Rousseau
- “Contrato Social”
- críticas ao absolutismo e defesa da liberdade.
- críticas a burguesia e a propriedade privada: infelicidade humana.
- defesa da soberania popular e da vontade da maioria.
- educação - “bom selvagem”.

5. DESPOTISMO ESCLARECIDO:
- tentativa de reformar o Estado absolutista pelo próprio Estado, conjugando absolutismo e iluminismo, sem contudo abandonar as práticas absolutistas ® contradição.
- política de reformas - modernização nacional: racionalizar a administração, a taxação de impostos e incentivar a educação.
- déspotas: soberanos absolutos ® José II (Áustria), Catarina II (Rússia), Frederico II (Prússia), Pombal (Portugal) e Aranda (Espanha)
- foi adotado nos Estados mais “atrasados”: com fortes resquícios feudais.

6. ENCICLOPÉDIA:
- resumo do pensamento iluminista e fisiocrata.
- veículo de difusão das idéias liberais.
- Diderot e D’Alembert
- racionalismo, atividade científica, anticlericalismo, deísmo, contrato social.
- 35 volumes.

7. OS ECONOMISTAS DO ILUMINISMO:
· Fisiocracia:
- Quesnay, Gournay e Turgot.
- a agricultura era a fonte geradora de riqueza.
- defendia a não intervenção do Estado na economia: combatia o mercantilismo.
- “Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même” ® Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo.
· Liberalismo Econômico:
- Adam Smith: fundador da economia moderna (ciência).
- “Riqueza das Nações”.
- ideologia econômica da burguesia e do capitalismo.
- o trabalho como fonte de riqueza.
- condenava o mercantilismo e defendia a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


1. ESTÁGIOS DA PRODUÇÃO
· Artesanal
· Manufaturas
· Maquinofatura

2. CONCEITO
- Processo de transformações econômicas e sociais geradas pela mecanização iniciado na Inglaterra da segunda metade do século XVIII.

3. PIONEIRISMO INGLÊS
· Estado burguês e liberal: incentivo ao capitalismo.
· Burguesia poderosa
· Acúmulo de capitais: acumulação primitiva de capitais ® comércio marítimo, pirataria, tráfico negreiro, manufaturas, colonialismo, enclosures etc.
· Banco da Inglaterra.
· Existência de mercados consumidores.
· Existência de matérias-primas: carvão, ferro, lã, algodão.
· Existência de mão-de-obra:
+ Enclosures (“cercamento dos campos”): avanço do capitalismo no campo.
- expropriação dos camponeses.
- êxodo rural.
- abundância de mão-de-obra barata: exército nacional de reserva.

4. INDUSTRIALIZAÇÃO
· Máquinas
- máquina de fiar
- tear hidráulico
- tear mecânico
- máquina a vapor
- locomotiva a vapor
- barco a vapor
· Indústrias
- têxtil
- metalúrgica
- transporte
· Energia
- vapor
· Imprensa
- o uso do vapor impulsionou a impressão de jornais, revistas e livros: comunicações e difusão cultural.

5. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1860):
· Expansão da industrialização:
- Bélgica, França, Alemanha, Rússia, EUA e Japão (Revolução Meiji).
· Dinâmica e Inovações Técnicas:
- eletricidade: dínamo.
- aço: processo Bessemer ® transformação do ferro em aço.
- motor a combustão interna
- indústria química.
· Fontes de Energia:
- eletricidade e petróleo
· Meios de Transporte:
- ampliação das ferrovias.
- automóvel.
- avião.
· Meios de Comunicação:
- telégrafo
- telefone
· Métodos de Racionalização (dinamização) da Produção
+ Fordismo: indústria automobilística Ford
- especialização do trabalho
- aumento da produção.
- produção em série
- linhas de montagem: esteiras rolantes
- a empresa deveria dedicar-se a apenas um produto
- a empresa deveria controlar as fontes de matérias-primas.
+ Taylorismo: F. W. Taylor
- controle dos movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção para aumentar a produção.
· Concentração de capital
- conglomerados industriais ou financeiros.
+ Holdings: “grandes empresas financeiras que controlam vastos complexos industriais a partir da posse da maior parte de suas ações”.
+ Trustes: “grandes companhias que absorvem seus concorrentes ou estabelecem acordos entre si, monopolizando a produção de certas mercadorias, determinando seus preços e dominando o mercado”
+ Cartéis: “grandes empresas independentes produtoras de mercadorias de um mesmo ramo que se associam para evitar a concorrência, estabelecendo divisão de mercados e definindo preços”.

6. CONSEQUÊNCIAS:
· divisão extrema do trabalho.
· produção em massa.
· separação entre capital e trabalho.
· divisão internacional do trabalho.
· aumento demográfico.
· urbanização: cidades.
· consolidação do capitalismo (industrial e depois monopolista e financeiro) e afirmação do Estado Liberal.
· classes sociais antagônicas: burguesia e proletariado.
· péssimas condições de vida e de trabalho para o proletariado: salários baixos, jornadas altas, trabalho feminino e infantil, insalubridade, sem garantias de trabalho, sem direitos trabalhistas, morando em periferias e em casebres.
· supremacia da burguesia
· abriam-se as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes.
· surgimento de teorias sociais em defesa do proletariado: Anarquismo, Socialismo e Comunismo.
· Reação dos Trabalhadores/operários/proletários:
+ Movimento Ludista (Ludismo):
- Ned ou King Ludd
- destruição das máquinas como forma de eliminar as péssimas condições de vida e de trabalho.
+ Movimento Cartista (Cartismo):
- movimento popular que pregava reformas nas condições de trabalho e direitos políticos.
- Carta do Povo.
+ Movimento dos Sindicatos (Trade unions):
- organizações trabalhistas: catalisar as insatisfações e organizar a luta da classe operária.


A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)


1. SIGNIFICADOS:
- revolução burguesa.
- consolidação do Estado burguês.
- teve participação popular.
- tomada do poder político pela burguesia.
- superação do feudalismo.
- queda do absolutismo.
- derrubada do Antigo Regime.
- liquidação dos últimos entraves ao capitalismo.

2. MOTIVOS:
· crise econômica:
- queda na produção agrícola devido aos entraves feudais e a fenômenos climáticos: alta de preços, miséria e fome.
- queda na produção industrial manufatureira: devido ao Tratado Éden-Rayneval ® França (vinhos) e Inglaterra (tecidos) ® baixas taxas alfandegárias.
· crise financeira:
- gastos na manutenção da corte.
- gastos com guerras: Guerra dos Sete Anos e a guerra da Independência dos EUA.
- dívida externa.
- imposição de mais tributos e medidas fiscais e comerciais.
· privilégios de classe:
- o clero e a nobreza não pagavam impostos diretos, ocupavam os melhores cargos na administração e no exército, recebiam rendas do governo e tinham privilégios judiciários.
· absolutismo dos Bourbons:
- insensível às condições sociais e econômicas da maioria da população francesa.
- desde 1614 que não se convocava a Assembléia dos Estados Gerais.
· as idéias iluministas:
- liberdade, igualdade civil e direito de resistência ao despotismo.
· sociedade estamental: ordens, estados ou estamentos.
- 1º Estado: Clero.
- 2º Estado: Nobreza.
- 3º Estado: Povo ® burguesia, artesãos, operários, sans-culottes, camponeses e servos ® sustentavam através de impostos a administração, o exército e os privilégios.

3. O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO:
· crise política:
- sucessivas demissões de ministros: Turgot, Brienne, Calonne e Necker.
+ Calonne:
- Assembléia dos Notáveis: Clero e Nobreza.
- pagamento de impostos.
- revolta aristocrática.
- demissão de Calonne.
+ Necker:
- Assembléia dos Estados Gerais: Clero, Nobreza e Povo.
- o Terceiro Estado conseguiu aumentar o número de deputados.
- o Terceiro Estado exigiu a votação individual (a votação tradicional era por Ordem ou Estado).
- o rei Luis XVI tentou dissolver a Assembléia.
- os deputados do Terceiro Estado ocuparam a sala do jogo da péla e juraram não se dissolver enquanto não fosse elaborada uma constituição: Assembléia Nacional Constituinte.
- o rei procurou reunir forças para reprimir os deputados rebelados na Assembléia.
- demissão de Necker.

4. A REVOLUÇÃO:
· A burguesia organizou a Guarda Nacional para resistir ao rei e comandar a população.
- armas: Arsenal dos Inválidos.
- munição: Prisão da Bastilha.
· Tomada da Bastilha (14.07.1789)
- estopim da revolução.
- derrubada de um símbolo do absolutismo.
· Revoltas Camponesas
- “Grande Medo”

5. AS FASES DA REVOLUÇÃO:
· Assembléia Nacional Constituinte (1789-1791)
+ Abolição dos privilégios feudais.
+ Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão:
- igualdade civil.
- propriedade privada.
- resistência à opressão.
+ Constituição Civil do Clero:
- confisco dos bens da Igreja: assignats.
- o Estado passava a controlar o clero.
+ Constituição de 1791:
- monarquia constitucional.
- divisão de poderes.
- voto censitário.
- proibição de greves.
· Assembléia Legislativa (1791-1792)
+ Grupos Políticos:
- Girondinos: alta burguesia.
- Jacobinos: pequena burguesia e sans-culottes.
- Cordeliers: camadas mais baixas.
- Feuillants: burguesia financeira.
+ Emigrados:
- migração da nobreza.
- apoio externo para restaurar o Estado absolutista.
+ Fuga do Rei (junho/1791):
- conspiração contra-revolucionária.
- foi preso na fronteira.
+ Dificuldades Econômicas:
- emissão de assignats.
- especulação.
- inflação.
- os sans-culottes exigiam medidas radicais.
+ Ameaça Externa:
- o Exército das potências absolutistas européias avançava sobre a França: prussianos e emigrados.
- para defender a França, foi formado um exército popular: Comuna Insurrecional de Paris ® Marat, Danton e Robespierre.
- o exército absolutista foi derrotado na batalha de Valmy.
- o rei foi acusado de traição.
- foi proclamada a República.
· Convenção Nacional (1792-1795)
+ sufrágio universal.
+ Facções Políticas: conflitos
- Girondinos: direita ® consolidação das conquistas burguesas.
- Planície ou Pântano: representantes da burguesia sem posição política definida.
- Jacobinos (Montanha): esquerda ® aprofundamento da revolução.
+ Convenção Girondina (1792-1793):
- o rei foi guilhotinado.
- foi formada a 1ª Coligação contra a França: Áustria, Prússia, Holanda, Espanha (monarquias absolutistas temerosas dos reflexos da Revolução sobre sua estabilidade política) e Inglaterra (esta, devido a rivalidades econômicas).
- crise econômica.
- divisões políticas.
- insatisfações.
- revolta da Vendéia: levante anti-republicano regional.
- os jacobinos assumem a Convenção.
+ Convenção Montanhesa ou Jacobina (1793-1794):
- adoção de um novo calendário.
- participação popular.
- radicalização política.
- Constituição do Ano I (1793): sufrágio universal e democratização.
- Governo Jacobino: Comitê de Salvação Pública (administração e defesa externa), Comitê de Salvação Nacional (segurança interna) e o Tribunal Revolucionário.
- Medidas populares: Lei do Preço Máximo, venda dos bens da Igreja e nobres emigrados, abolição da escravidão nas colônias, fim de todos os privilégios, ensino público e gratuito.
* Terror (set/1793 a jul/1794):
- Robespierre.
- execuções: guilhotina. Inclusive de Danton e Hébert.
- impopularidade de Robespierre: dificuldades econômicas e militares, ameaças externas e insegurança da população (execuções).
* Reação Termidoriana (jul/1794):
- golpe dos girondinos: Robespierre e Saint-Just são guilhotinados.
- os representantes do Pântano (alta burguesia girondina) assumem o comando da Revolução.
+ Convenção Termidoriana (1794-1795):
- retomada do caráter burguês da revolução.
- anulação das medidas jacobinas.
- Constituição do Ano III (1795): voto censitário e criava o Diretório (poder executivo).
· Diretório (1795-1799):
- supremacia girondina.
- oposição dos jacobinos e dos realistas.
- revoltas populares.
- ameaças externas.
- golpes realistas.
- Conspiração dos Iguais (1796): movimento dos sans-culottes ® Graco Babeuf ® critica a propriedade privada e defesa da igualdade social.
- vitórias do exército francês contra a 2ª Coligação (Espanha, Holanda, Prússia e reinos italianos).
- ascensão da Napoleão Bonaparte
+ Golpe do 18 Brumário (nov/1799):
- Napoleão Bonaparte, representando dos interesses girondinos, dissolve o Diretório e institui o Consulado (Constituição do Ano VIII - 1800) ® fim da Revolução e consolidação do Estado burguês.


A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)


1. NAPOLEÃO BONAPARTE:
- o Corso: nascido na Córsega.
- vitórias militares: fama, glória, herói nacional, carreira militar vertiginosa.
+ Campanha da Itália (1797):
- derrotou os austríacos.
- Paz de Campofórmio: vantagens territoriais.
+ Campanha do Egito (1798-99):
- procurava prejudicar a rota comercial da Inglaterra com a Índia.
- vitórias em terra.
- derrota na batalha naval de Aboukir ® almirante Nelson.
- foi encontrada a famosa Pedra de Roseta: escrita hieroglífica.
+ Golpe do 18 Brumário:
- Napoleão foi nomeado cônsul juntamente com Sieyès e Roger Ducos.
- a burguesia estava interessada em paz e estabilidade para garantir crescimento e progresso.

2. BASE SOCIAL:
+ Napoleão tinha o apoio:
- burguesia.
- militares.
- camponeses: posse das terras expropriadas à Igreja e à nobreza emigrada.

3. SIGNIFICADOS:
- consolidação dos ideais liberais da burguesia.
- difusão dos ideais revolucionários franceses pelo continente europeu através das guerras napoleônicas: derrubou as velhas estruturas aristocráticas e as tiranias do Antigo Regime.

4. CONSULADO (1799-1804)
- enfrentar as ameaças estrangeiras e recuperar a economia e a sociedade.
- vitória sobre a 2ª Coligação: derrotou a Áustria.
- Paz de Amiens (1802): trégua com a Inglaterra.
- Banco da França: sanear as finanças, controlado pelo Estado, criação do franco e financiamento da indústria e da agricultura.
- reatou as relações com a Igreja: Papa Pio VII.
- reforma no ensino: responsabilidade do Estado, liceus (militares e burocratas) e ensino superior
+ Constituição do Ano X (1802):
- centralização política e administrativa nas mãos do primeiro cônsul (Napoleão).
+ Código Civil Napoleônico (1804)
- inspirado no Direito romano.
- garantia as conquistas burguesas.
- igualdade civil.
- propriedade privada.
- proibição de sindicatos e greves.
- restauração da escravidão nas colônias.
+ Constituição do Ano XII (1804):
- Napoleão tornou-se cônsul vitalício.
- plebiscito: proclamado Imperador.
- coroação: “Napoleão, ao contrário de Carlos Magno um milênio antes, fez da cerimônia de coroação uma confirmação do seu poder, o qual se sobrepunha ao da Igreja” . “Napoleão, com as próprias mãos, colocou a coroa imperial sobre a sua cabeça. Ao papa coube, apenas, a celebração do ofício religioso.”

5. IMPÉRIO (1804-1815)
+ prosseguimento das guerras externas.
- vitória sobre a 3ª Coligação (Inglaterra, Rússia e Áustria).
- perdeu a batalha naval de Trafalgar para a Inglaterra ® almirante Nelson.
+ Dissolveu o Sacro Império Romano Germânico e instituiu em seu lugar a Confederação do Reno.
+ Bloqueio Continental (1806):
- proibição de relações comerciais entre os paises europeus e a Inglaterra.
- tinha por objetivo prejudicar a industria e a economia inglesa.
+ derrotou a 4ª Coligação e a 5ª Coligação (Inglaterra e Áustria).
+ Resistências Nacionais:
- o Bloqueio Continental prejudicava mais as nações européias do que a Inglaterra e a economia francesa não tinha condições de atender as relações comerciais européias.
- exploração das populações locais e submissão à França.
- Península Ibérica e Rússia: desobediência ao Bloqueio e quebra da hegemonia francesa.
- Portugal: invasão napoleônica de Portugal e fuga da família real (D. João VI) para o Brasil.
- Espanha: Napoleão depôs o rei Francisco VII e impôs José Bonaparte (seu irmão).
- Rússia: os russos adotaram a tática da “terra arrasada” e provocaram a retirada do exército napoleônico.
· Declínio Napoleônico:
+ Batalha das Nações ou Leipzig (1813):
- 6ª Coligação (Prússia, Inglaterra, Rússia e Áustria): Napoleão é derrotado.
- Tratado de Fontainebleau: renuncia ao trono francês e recebe uma pensão.
- exilado na ilha de Elba.
+ Restauração da Monarquia Bourbon: Luis XVIII ® pouco tempo.
+ O Governo dos Cem Dias (1815):
- Napoleão foge da ilha de Elba e recupera o poder.
- 7ª Coligação derrota definitivamente Napoleão na Batalha de Waterloo ® general inglês Wellington.
- Napoleão é exilado na ilha de Santa Helena: morre em 1821.

6. CONGRESSO DE VIENA (1814-1815)
· Conceito:
- convenção internacional das potências européias após a vitória sobre Napoleão Bonaparte.
- Áustria (Metternich), Inglaterra, Rússia, Prússia e a França (Talleyrand) restaurada e outras nações européias.
· Objetivos:
- restaurar a ordem política européia anterior a Revolução Francesa.
- restauração monárquica.
- reinstalar a aristocracia no poder.
· Princípios:
- Legitimidade: restauração das monarquias e das fronteiras.
- Equilíbrio europeu: relações de força entre as potências européias através da divisão territorial do continente europeu e das regiões coloniais.

7. SANTA ALIANÇA:
- liga militar proposta pelo czar russo Alexandre I: braço armado do Congresso de Viena ® reação antiliberal.
- Rússia, Prússia, Áustria, Inglaterra e França.
- objetivos: combater os movimentos liberais e nacionalistas.
- auge: intervenções na Alemanha, Nápoles e Espanha.
- declínio: avanço capitalista, a defesa do principio de não-intervenção pela Inglaterra e a Doutrina Monroe (contrária a medidas recolonizadoras).


O PENSAMENTO LIBERAL E SOCIALISTA (XVIII E XIX)


1. ECONOMIA POLÍTICA:
· Doutrinas Liberais: justificar e regular a ordem capitalista burguesa.
· Teorias Socialistas: reformar, condenar e transformar a ordem capitalista.

2. LIBERALISMO ECONÔMICO:
· Características:
- ideologia econômica da burguesia.
- contestação à política mercantilista.
- propriedade privada.
- individualismo econômico.
- liberdade de comércio e de produção.
- leis naturais em economia
- liberdade de contrato de trabalho.
- economia de mercado.
- livre concorrência e livre cambismo.
- divisão internacional do trabalho.
- não intervenção do Estado na economia.
· Escola Clássica:
+ Adam Smith
- “A Riqueza das Nações”.
- relação capital -- trabalho
- divisão do trabalho ® crescimento da produção e do mercado.
+ Thomas Malthus
- “Ensaio sobre a População”.
- pessimismo.
- teoria da população: a população cresce em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética.
- equilíbrio entre população e produção: guerras, epidemias, fomes e controle da natalidade.
- Lei dos Pobres (1834): centralização da assistência pública.
- Workhouses (casas de trabalho): controle da população.
+ Stuart Mill
- “Princípios de Economia Política”.
- síntese das teorias clássicas.
- preocupação com os problemas sociais: justiça social.
- concilia o individualismo com o intervencionismo.
+ David Ricardo
- “Princípios da Economia Política e Tributação”
- teoria do valor do trabalho.
- Lei Férrea dos salários: o preço da força de trabalho deveria ser equivalente ao mínimo necessário para a subsistência do trabalhador.

3. SOCIALISMO:
- reflexo da reação operária as novas condições de vida e de trabalho da sociedade industrial.
- justiça social: ideologias igualitárias.
- socialismo utópico, socialismo científico ou marxista e anarquismo.
· Socialismo Utópico:
- reação romântica contra os efeitos da industrialização.
- mesclado com ideais liberais.
- não apontava os caminhos (meios, métodos) para se atingir a sociedade ideal (justa).
- modelos idealizados.
+ Saint-Simon:
- condenava a ociosidade (militares, clero, nobreza, magistrados) e a exploração.
+ Charles Fourier
- falanstérios: fazendas coletivistas agroindustriais ® associação e cooperativismo.
+ Robert Owen
- criação de uma comunidade (Escócia) ideal: os operários tinham um alto padrão de vida e instrução ® cooperativa ® “patrão esclarecido”.
- New Harmony (EUA).
+ Louis Blanc
- “oficinas sociais” ou “oficinas nacionais” ® criadas pelo Estado ou pelos patrões.
· Socialismo Científico ou Marxista:
- ideologia revolucionária do proletariado.
- influências da dialética hegeliana, da economia política inglesa e do socialismo.
- Karl Marx e Engels
- “Manifesto Comunista”, “O Capital” e “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”.
- análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo ® compreender a realidade para transformá-la.
+ Princípios:
- Materialismo Histórico: a sociedade é determinada pelas suas condições socioeconômicas ® interpretação socioeconômica da História.
- Luta de Classes: agente transformador da história ® antagonismo entre explorador e explorado ® interesses opostos.
- Mais-valia: valor da riqueza produzida pelo trabalhador além do valor remunerado de sua força de trabalho ® exploração do trabalhador.
- Revolução Socialista: atuação política do proletariado ® ditadura do proletariado - socialização - comunismo ® “De cada um segundo sua capacidade e a cada um segundo suas necessidades”. ® “Proletários de todos os países, uni-vos”.
- Método Dialético: desenvolvimento de contrários ® tese - antítese - síntese.
· Anarquismo:
- eliminação de toda forma de governo.
- liberdade geral: comunismo libertário.
+ Proudhon: sociedade sem classes, sem exploração e sem Estado.

+ Bakunin: anarquismo terrorista ® violência como meio de se atingir a igualdade social e a extinção do Estado.
* Semelhança entre Anarquismo e Marxismo:
- atingir o comunismo: sociedade sem classes, sem propriedade, sem exploração e sem Estado.
* Diferença entre Anarquismo e Marxismo:
- o marxismo prega a existência da etapa socialista (ditadura do proletariado ® Estado revolucionário) antes da implantação do comunismo.
- o anarquismo defendia a imediata extinção do Estado e a imediata instalação do comunismo.
® críticas e contestações mútuas entre marxistas e anarquistas.
· Catolicismo Social
- doutrina social da Igreja Católica.
- papa Leão XIII.
+ Encíclica Rerum Novarum
- religião como instrumento de reforma e justiça social.
- apelo ao espírito cristão dos patrões.
- contesta a teoria marxista da luta de classes.
· Sindicalismo:
- movimento operário e as lutas trabalhistas: influência das doutrinas socialistas.
+ Liga dos Justos
- organização socialista.
- influência do marxismo.
- representava os trabalhadores de vários países.
- Manifesto Comunista (1848).
+ Cartismo:
- movimento popular.
- lutavam por direitos políticos e trabalhistas.
+ Internacionais Trabalhistas (ou Socialistas ou Operárias)
- objetivavam organizar os trabalhadores de vários países europeus em suas lutas políticas e sociais.


A EUROPA NO SÉCULO XIX


1. AVANÇO CAPITALISTA:
- desenvolvimento industrial capitalista.
- liberalismo.
- imperialismo e neocolonialismo: disputas por mercados coloniais.
- socialismo.
- nacionalismo.
- Estado liberal e burguês.
- grande urbanização.
- aumento da população.
- grande migração: europeização e globalização econômica mundial.
- hegemonia inglesa.

2. INGLATERRA:
· A era vitoriana:
+ rainha Vitória
- política burguesa e liberal.
- Inglaterra: maior potencia mundial ® apogeu britânico.
- predomínio econômico inglês: crescimento industrial, poderosa marinha mercante e Estado estruturado.
- Pax Britannica: estabilidade, liderança e hegemonia internacional inglesa.
- ampliação do direito de voto.
- partidos: Whig (liberal), Tory (conservador) e Labour Party (Partido Trabalhista).
- a questão da Irlanda: os irlandeses, predominantemente católicos, lutaram contra a submissão à Inglaterra protestante.

3. FRANÇA:
· Restauração da Monarquia Bourbon (1815-1830)
+ Luis XVIII
- assume o poder como determinação do Congresso de Viena.
- Constituição: voto censitário e poder executivo exercido pelo rei e pelo legislativo.
- monarquia moderada: combinação de absolutismo e liberalismo.
* Agitação política: grupos políticos rivais.
- ultra-realistas: retorno completo do absolutismo ® conde de Artois, irmão do rei.
- bonapartistas: retorno de Napoleão ao poder.
- radicais: liberais defensores das conquistas da Revolução Francesa.
+ Carlos X (conde de Artois)
- fase reacionária.
- restabelecimento do Antigo Regime.
- alia-se aos conservadores.
- restauração dos privilégios do clero e da nobreza.
- ativismo político: a oposição dos liberais (Luis Filipe) e da imprensa ® mobilização da população.
· Revolução de 1830:
- Jornadas Gloriosas (ou Jornadas de Julho): barricadas e revolta popular liderada pela alta burguesia.
- fuga do rei.
- eliminava-se a ameaça de restauração do Antigo Regime.
- assumia o trono Luis Filipe de Orléans.
- reflexos: Bélgica, Alemanha, Itália, Polônia e Brasil (Líbero Badaró e Noite das Garrafadas).
· Luis Filipe (1830-1848)
- “rei burguês” ou “rei das barricadas”.
- avanço liberal.
+ Reforma da Constituição:
- liberalismo.
- o rei submetia-se à constituição.
- fortalecimento do legislativo.
- abolição da censura.
- o catolicismo deixava de ser a religião oficial do país.
- voto censitário.
+ Política dos Banquetes:
- reuniões e manifestações populares organizadas pelos opositores do governo.
- socialistas, bonapartistas e republicanos.
- exigia uma reforma eleitoral e parlamentar e o fim do caráter censitário.
· Revolução de 1848:
- o governo proibiu as reuniões (banquetes) dos opositores.
- manifestações populares e apoio da Guarda Nacional.
- fuga do rei.
- ocorrem movimentos liberais em toda a Europa: as massas exigiam mudanças profundas ® “primavera dos povos”.
- tem reflexos também no Brasil: Revolução Praieira (PE).
- assumindo uma conotação socialista, dividiu as forças revolucionárias, atemorizando a burguesia.
- o proletariado fazia sua aparição política com reivindicações classistas e propostas de mudança da ordem social.
- ideais: liberalismo, nacionalismo e socialismo.
- eliminação definitiva do Antigo Regime e do poder aristocrático.
- proclamação da Segunda República na França.
· A Segunda República Francesa (1848-1852)
+ Governo Provisório:
- convocação de uma Assembléia Constituinte.
- extinção da pena de morte.
- instituição do sufrágio universal.
- criação das “oficinas nacionais”: emprego ® resultado das pressões dos socialistas.
- nas eleições para a Assembléia Constituinte os liberais moderados, contrários às medidas de caráter popular e apoiados pelos proprietários rurais, obtiveram maioria.
- polarização entre socialistas e burgueses e novas manifestações populares.
- as manifestações são reprimidas.
+ Constituição Republicana:
- sufrágio universal.
- eleição de presidente: Luis Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte.
+ A presidência de Luis Bonaparte:
- unidade e pacificação nacional.
- ideal de progresso e poderio nacional.
- Golpe (1851): fecha a Assembléia Nacional e institui a ditadura ® 18 de brumário de Luis Bonaparte ® Karl Marx: “Todos os fatos e personagens de grande importância na história ocorrem duas vezes: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.
- plebiscito (1852): aclamado imperador ® Napoleão III.
· O Segundo Império Francês (1852-1870)
+ Napoleão III
* Política interna:
- ditadura.
- modernização e desenvolvimento econômico.
- Paris: centro cultural.
* Política externa: ambígua e desastrosa.
- Guerra da Criméia (1854-56): apoiado pela Inglaterra, lutou contra o avanço russo nos Bálcãs, protegendo o Império Turco-Otomano.
- defesa da política das nacionalidades.
- apoiou a autonomia da Moldávia e da Valáquia, regiões do Império Turco-Otomano.
- apoiou o Piemonte-Sardenha na luta pela unificação italiana. Depois, retirou o apoio e passou a defender Roma.
- intervenção no México: derrubou Benito Juarez e colocou como imperador do México o habsburgo Maximiliano ® objetivava proteger o comércio francês na América, diminuir a hegemonia dos EUA e acabar com a instabilidade política no México.
- Guerra Franco-Prussiana: evitar a formação de uma nação forte nas suas fronteiras ® foi derrotado e preso na Batalha de Sedan (1870) ® fim do 2º Império, instituição da 3ª República e unificação alemã.
® Tratado de Frankfurt: entrega da Alsácia-Lorena, indenização e criação do Estado alemão ® provocou o revanchismo francês.
· A Terceira República Francesa (1870-1940)
+ A Comuna de Paris (1871): “o assalto aos céus”.
* Motivos: a derrota na Batalha de Sedan, a humilhação do Tratado de Frankfurt, a crise política e social e a oposição ao governo republicano.
- movimento popular.
- governo autônomo.
- autogestão democrática e popular.
- igualdade civil.
- inspiração socialista
- foi violentamente reprimida.
+ Caso Boulanger
- o militar Boulanger foi acusado de conspiração: teria incentivado o retorno do Império.
- suicidou-se.
- desprestígio dos soldados bonapartistas.
+ Caso Dreyfus
- o militar Dreyfus foi acusado de vender segredos militares para a Alemanha.
- acusado através de documentos falsos.
- vítima de uma campanha nacionalista, revanchista e anti-semita.
- julgado e condenado a prisão perpétua.
- depois, foi absolvido devido à atuação dos escritores Anatole France e Émile Zola (“Eu Acuso”).
- enfraqueceu os monarquistas e abalou o anti-semitismo na França.


A POLÍTICA DAS NACIONALIDADES


1. DEFINIÇÃO:
- movimentos de unificação política de caráter liberal e nacionalista.

2. UNIFICAÇÃO ITALIANA:
· Congresso de Viena:
- dividiu a Itália (expressão geográfica) em sete Estados dominados por austríacos, franceses e pelo papa.
· Carbonários:
- precursores do movimento de unificação.
- reunia monarquistas e republicanos.
· Movimento de Unificação:
+ Correntes:
- republicanos: Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi ® “camisas vermelhas” (forças populares republicanas)
- monarquistas: liberais e burgueses - conde Camilo Cavour - liderança do movimento - reino do Piemonte-Sardenha (Vitor Emanuel II) ® Estado independente, industrializado e progressista.
+ Lutas pela unificação: Risorgimento
- os “camisas vermelhas” conquistaram Parma, Módena, Toscana, parte dos Estados Pontifícios, Sicília e o sul da Itália.
- os monarquistas conquistaram Veneza (Guerra das Sete Semanas: aliança de prussianos e piemonteses contra a Áustria) e, com o apoio francês, os territórios que estavam ao norte do Piemonte e a parte não conquistada dos Estados Pontifícios (com exceção de Roma ® Napoleão III retrocedeu e passou a proteger o papa).
- Em 1870, com a Guerra Franco-Prussiana, as tropas francesas deixam Roma e o exército de unificação piemontês invade Roma: completava-se a unificação e Roma passava a ser a capital da Itália unificada.
· Conseqüências:
+ Questão Romana (1870-1929)
- o papa (Pio IX) não reconheceu o Estado italiano e considerou-se prisioneiro no Vaticano.
- só foi solucionada em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão entre Mussolini e o papa Pio XI: criação do Estado independente do Vaticano dentro de Roma.
+ Províncias Irredentas (setentrionais):
- as províncias de Tirol, Trentino e Ístria, que tinham população majoritariamente italiana, continuavam sob a dominação austríaca ® motivo antecipado da 1ª Guerra Mundial

3.UNIFICAÇÃO ALEMÃ:
· Congresso de Viena:
- criou a Confederação Germânica composta por 39 Estados independentes e sob a influência da Áustria.
· Divergências:
- Áustria: supremacia sobre a Confederação, absolutista e de economia agrária.
- Prússia: desenvolvimento comercial e industrial e almejava a unificação.
· Zollverein (1834)
- união alfandegária: unificação econômica.
- abolição das barreiras alfandegárias entre os Estados da Confederação, com exceção da Áustria.
- dinamizou a economia capitalista na Confederação.
· Movimento Unificador: liderado pela Prússia
- modernização militar prussiana.
- aliança da alta burguesia prussiana com os grandes proprietários e aristocratas (junkers).
- liderança: chanceler Otto von Bismark (ministro rei Guilherme I)
- estratégia: exaltação do nacionalismo alemão através de guerras.
+ Lutas de Unificação:
* Guerra dos Ducados (1864):
- Prússia X Dinamarca
- motivo: os ducados de Holstein e Schleswig, de população predominantemente alemã, estavam sob o domínio da Dinamarca.
- os prussianos contaram com o apoio austríaco: vitória prussiana.
- Paz de Viena: a divisão dos ducados provocou discordâncias e atritos entre a Prússia e a Áustria ® nova guerra.
* Guerra das Sete Semanas (1866)
- Prússia X Áustria
- vitória prussiana com o apoio dos piemonteses.
- Tratado de Praga: dissolveu a Confederação Germânica, a Prússia ficava com os ducados e a Áustria entregava Veneza ao Piemonte.
® Dificuldades da Unificação:
- os Estados do norte formaram, sob a liderança da Prússia, Confederação Germânica do Norte.
- os Estados do sul continuaram autônomos ou sob a influência da Áustria.
- a oposição de Napoleão III ao surgimento de uma nova potência nas suas fronteiras.
* Guerra Franco-Prussiana (1870-71)
- França X Prússia
- motivos: a oposição francesa a unificação alemã, a habilidade diplomática de Bismark e o episódio do Despacho de Ems.
- a França declara guerra a Prússia e isso provoca a união dos estados do sul da Alemanha com os do norte.
- os alemães derrotam a França na Batalha de Sedan: completava-se a unificação alemã.
- Tratado de Frankfurt: a França era obrigada a pagar uma indenização, a entregar as regiões da Alsácia-Lorena e a aceitar a criação do Estado alemão no Palácio de Versalhes.
· Conseqüências:
- revanchismo francês.
- impulso na industrialização alemã.
- a Alemanha passa a exigir uma redivisão colonial.
- motivos antecipados da 1ª Guerra Mundial.



O IMPERIALISMO DO SÉC. XIX

1.CONCEITO:
- processo de expansão (neo)colonialista das potências industriais ocorrido no final do século XIX e início do século XX e que provocou a partilha da África e da Ásia entre essas potências.

2. POTÊNCIAS:
- Inglaterra, França, Rússia, Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
- EUA e Japão em suas regiões de influência.

3. DIFERENÇAS ENTRE COLONIALISMO E NEOCOLONIALISMO:
· Colonialismo do século XVI:
- capitalismo comercial: mercantilismo.
- especiarias, produtos tropicais e metais preciosos.
- América.
- o Estado impulsionou a expansão.
- justificativa: “levar a fé cristã aos infiéis da América”.
· Neocolonialismo do século XIX:
- capitalismo industrial e financeiro (monopolista)
- mercados consumidores de manufaturados, fornecedores de matérias-primas, áreas para colocação de seu excedente populacional e para investimento de capitais.
- África e Ásia.
- as empresas burguesas (conglomerados econômicos) foram seu principal agente e beneficiário.
- justificativa: “missão civilizadora”.

4. MOTIVOS:
- necessidade de novas fontes de matérias-primas: ferro, cobre, petróleo, manganês, trigo, algodão.
- necessidade de mercados consumidores para a produção industrial.
- o crescimento demográfico europeu.
- a necessidade de áreas para aplicação dos capitais excedentes.
- o interesse no controle de bases estratégicas para o comércio marítimo de cada potência.

5. JUSTIFICATIVAS IDEOLÓGICAS:
- missão civilizadora: humanitária, filantrópica, cultural, altruísta, melhorar as condições de vida das colônias abandonando o conforto da metrópole.
- “fardo do homem branco” ® Rudyard Kipling ® superioridade econômica e cultural.
- darwinismo social: superioridade racial.
- Cecil Rhodes personificou as ambições imperialistas.

6. DOMINAÇÃO IMPERIALISTA:
· Política colonizadora imperialista.
+ intensificação do mecanismo de exploração internacional.
- diplomacia do canhão: a dominação imperialista conseguida pela força.
+ Administração:
- direta: controle dos principais cargos governamentais por representantes da metrópole.
- indireta: aliança com as elites locais.
+ Objetivos:
- exploração de terras e de mão-de-obra.
- controle da produção e do consumo.

7. PARTILHA DA ÁFRICA:
· Conferência de Berlim (1884-1885)
- Participantes: Países europeus, EUA e Rússia.
- Objetivo: delimitar fronteiras coloniais e normas a serem seguidas pelas potências imperialistas.
- não conseguiu eliminar as rivalidades imperialistas: divergências e ambições.
· Canal de Suez
- diminuía a distância entre a Europa e a Ásia através da ligação do mar Mediterrâneo ao mar Vermelho.
- controle: francês e egípcio.
- em 1875 a Inglaterra comprou a parte egípcia: Benjamin Disraeli.
- em 1904 a Inglaterra passa a ter o domínio completo devido a um acordo com a França: os ingleses apoiavam os franceses na conquista do Marrocos.
· Guerra dos Bôeres (1899-1902)
- os ingleses dominavam a Colônia do Cabo (África do Sul).
- os holandeses dominavam as repúblicas livres de Orange e Transvaal.
- intensificação dos atritos entre colonos ingleses e holandeses depois da descoberta de diamante e ouro em Joanesburgo (Transvaal).
- a Inglaterra vitoriosa anexou o Orange e o Transvaal às colônias do Cabo e Natal: União Sul-Africana.
· Alemanha: Camerun, Togo, Sudeste e oriente da África.
· Itália: Líbia, Eritréia e a Somália.
· Bélgica: Congo ® propriedade pessoal do rei Leopoldo II.
Apenas a Libéria e a Abissínia eram livres.

8. PARTILHA DA ÁSIA:
· Índia:
- domínio inglês: protetorado e administração britânica.
+ reflexos da presença inglesa:
- destruição da tradicional indústria têxtil.
- ruína da economia de subsistência.
- fome.
- fomentou o nacionalismo indiano.
* Guerra dos Cipaios (1857):
- movimento nacionalista de resistência à dominação imperialista realizado pelos soldados indianos.
- a revolta foi sufocada e a Índia transformada em colônia britânica e depois em área do Império Britânico.
· China:
- dominada pela Europa, EUA e Japão.
* Reações à dominação imperialista:
+ Guerra do Ópio (1841)
- a grande comercialização do ópio (droga) na China pelos ingleses disseminou o vício e provocou inúmeros malefícios.
- as autoridades chinesas jogaram ao mar um carregamento inglês de ópio.
- a Inglaterra exigiu uma indenização e os chineses não pagaram ® começava a guerra.
- a Inglaterra venceu a guerra.
- Tratado de Nanquim (1842): a China abria mais cinco portos ao livre comércio, extinguia a fiscalização e entregava a ilha de Hong Kong.
- Tratado de Pequim (1860): embaixadas européias e missões cristãs.
+ Guerra dos Boxers (1900):
- movimento nacionalista radical chinês que tinha por meta libertar a China da dominação estrangeira: “punhos fechados”.
- a revolta foi sufocada por uma coligação de vários países imperialistas.
· Japão:
+ isolamento internacional e estrutura feudal:
- dominado por uma aristocracia feudal: daimios.
- guerreiros profissionais: samurais.
- Xogunato: comando político efetivo.
- Micado: o imperador tinha poder apenas formal.
+ abertura comercial (XIX)
- forçada por uma esquadra norte-americana.
- acordos comerciais com vários países.
- europeização do país.
- nacionalismo e oposição ao xogum: acusado de ser o responsável por ter permitido a abertura.
+ Era Meiji:
- os opositores uniram-se ao micado e promoveram a centralização política.
- início do industrialismo, da modernização do Japão e de uma política imperialista.
+ Guerra Russo-Japonesa (1904)
- motivo: a declaração de guerra à China por causa da Manchúria.
- vitória japonesa e supremacia sobre a China.

9. CONSEQUÊNCIAS:
- a maior parte do mundo foi transformada em áreas dependentes.
- as rivalidades e as disputas coloniais entre as potências fomentaram o armamentismo e a formação de alianças militares.
- Iª Guerra Mundial.