O conflito tem suas raízes na antiga rivalidade entre tutsis e hutus, que devasta Ruanda e
Burundi e ganha novo terreno na RDC. Desde 1998, o presidente do RDC, Laurent Kabila , enfrenta uma insurreição de militares baiamulengues (tutsis) apoiada por Uganda e Ruanda. Kabila conta com o suporte militar do Zimbábue, de Angola e da Namíbia.
Intervenção interna - a partipação de forças estrangeiras na guerra civil congolesa evidencia
a corrida pela hegemonia política na Região dos Grandes Lagos. A RDC é o maior, mais rico e
mais populoso país da região, razão pela qual a influência sobre seu território é essencial. O maior interesse das forças em luta é obter o controle sobre as imensas reservas de diamante e outros metais preciosos. Ruanda e Uganda , que lutam do mesmo lado, travam em 2000 várias batalhas pelo domínio de regiões diamantíferas. Já os países aliados a Kabila, beneficiados com a sublocação de importantes minas, não retiram suas tropas para não perder os pesados investimentos já feitos e as vantagens que podem surgir num eventual acordo de paz. Segundo especialistas, o principal responsável pelo fracasso do acordo de Lusaka, selado em 1999, é Kabila. Ele impõe obstáculos ao envio das tropas de paz da ONU e rejeita a transição democrática na RDC.
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