segunda-feira, 12 de julho de 2010

Prova de sociologia e filosofia 2º e 3º ano

01 - (UFU-MG) Em sua obra Da divisão do trabalho social, Émile Durkheim explicita a noção de um “estado de anomia” que seria vivenciado pela sociedade, em sua totali¬dade ou parcialmente, em determinadas circunstâncias. Considere os exemplos abaixo e assinale a única alterna¬tiva que não é relacionada por Durkheim a uma situação anômica.
A) As falências, na sociedade industrial, como efeito dos desajustes das funções da economia.
B) O conflito entre o capital e o trabalho, como resul¬tado da inexistência ou inoperância das leis e regula-mentos.
C) A exagerada especialização da pesquisa científica, le¬vando à atomização e consequente ruptura da solidarie¬dade.
D) A ação das forças policiais, na sociedade moderna, vi¬sando combater a ação dos criminosos.

O fato de as forças policiais combaterem a ação dos cri¬minosos não corresponde a uma anomia, mas exatamente o contrário, pois, ao combater aqueles que não seguem a lei, a polícia ajuda a manter a ordem social.

(UFU-MG) No que diz respeito a todas as coisas que com¬preendemos, não consultamos a voz de quem fala, a qual soa por fora, mas a verdade que dentro de nós preside à própria mente, incitados talvez pelas palavras a consultá-la. Quem é consultado ensina verdadeiramente, e este é o Cristo, que habita, como foi dito, no homem interior, isto é: a virtude incomutável de Deus, a sempiterna sabedoria, que toda alma racional consulta, mas que se revela a cada um quanto é per¬mitido pela sua própria boa ou má vontade.Agostinho, Do Mestre, XIV. Citado em: INÁCIO, I. C. e LUCA, T.R.
O pensamento medieval. São Paulo: Ática, 1988, p. 74.
O trecho acima, de Santo Agostinho (354-430), mos¬tra como esse pensador concebia o processo de aquisição do conhecimento verdadeiro. Após ler esse texto, marque para as afirmativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa JUSTIFICANDO AS FALSAS.
2 ( F ) Para conhecer verdadeiramente, o homem precisa somente conhecer a Bíblia.
De acordo com Santo Agostinho, o verdadeiro conheci¬mento advém de Cristo, que habita o interior de cada ser humano, o que anula a primeira proposição.
3- ( V ) Para elaborar a doutrina da iluminação divina, Agos¬tinho combinou elementos da fé cristã com elementos da filosofia de Platão.

4 - ( V ) Segundo a doutrina da iluminação, os ser humano é incapaz de conhecer a verdade usando tão somente a força da razão natural.

5 - (F ) Santo Agostinho rejeitou, em suas obras, qualquer possibilidade de compreensão racional dos mistérios da fé cristã.
Ainda segundo esse filósofo-teólogo, a razão é um instrumento a serviço da fé, ou seja, um meio para se chegar aos mistérios da fé cristã, o que ressalta, portanto, a sua importância.

6 - (ENEM) Considere os textos abaixo.
(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empe¬nhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé. Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da Igreja Católica sobre as relações entre fé e razão, 1998.
As verdades da razão natural não contradizem as verda¬des da fé cristã. São Tomás de Aquino, pensador medieval.
Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que:
A) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas.
B) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé.
C) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encí¬clica de João Paulo II.
D) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensa¬mento filosófico.
E) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão.

Os dois textos apontam na direção de conciliar a fé com razão, um tipo de pensamento característico da filosofia cristã.

7. Embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limi¬tes muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência. HUME. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 36.
De acordo com o texto, é correto afirmar que, para Hume:
A) os sentidos e a experiência estão confinados dentro de limites muito reduzidos.
B) todo conhecimento depende dos materiais forneci¬dos pelos sentidos e pela experiência.
C) o espírito pode conhecer as coisas sem a colabora¬ção dos sentidos e da experiência.
D) a possibilidade de conhecimento é determinada pela liberdade ilimitada do pensamento.
E) para formar as ideias, o pensamento descarta os materiais fornecidos pelos sentidos.

O filósofo empirista David Hume entende que o verda¬deiro conhecimento só pode ser adquirido por meio das ex¬periências e dos sentidos, ao contrário dos racionalistas.

8 - Qual é a diferença básica entre o racionalismo e o empirismo?
A diferença básica está relacionada à teoria do conhe¬cimento, ou seja, como o saber é produzido. Enquanto os racionalistas acreditam na existência de ideias inatas ao homem, os empíricos afirmavam que o saber sempre tem origem nos sentidos humanos.

9 - A primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico foi o positivismo que teve como um de seus representantes o pensador francês Auguste Comte. Ele identificou na sociedade dois movimentos vitais: o estático e o dinâmico. Sobre esses movimentos, é correto afirmar que:
A) o movimento dinâmico é responsável pela conservação dos elementos permanentes de toda organização social.
B) as instituições que mantêm o equilíbrio e garantem a harmonia da sociedade seriam responsáveis por seu movi¬mento dinâmico.
C) o princípio dinâmico do progresso deve estar subordi¬nado ao princípio estático da ordem.
D) o movimento estático representa a passagem para for¬mas mais complexas de organização econômica da socie¬dade.
E) os movimentos revolucionários devem ser mantidos, pois não comprometem a ordem estabelecida e o progresso.

Para o positivismo de Comte, a ordem e o progresso cor¬respondem a movimentos que são vitais para o bom funcio¬namento das sociedades humanas.

10 - (UFPA/PSS) Para o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), os fatos sociais são:
A) leis e fenômenos psíquicos transmitidos para os indiví¬duos na forma de códigos secretos.
B) comportamentos e condutas sociais criados diretamen¬te pelos indivíduos.
C) normas sociais dispensáveis à conduta dos indivíduos.
D) ações individuais que orientam as condutas coletivas, voltadas para a organização da sociedade.
E) regras e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos em sociedade e controlam as ações individuais.

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